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Motorista do Uber preso por estupro na Índia era um criminoso de carreira, diz polícia

Shiv Yadav estava solto sob fiança por assediar sexualmente uma mulher, possuindo acusações que datavam de uma década atrás

Uber India (Reuters)

Uber India (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 06h23.

O motorista do Uber preso na Índia sob suspeita de estuprar uma passageira é um criminoso de carreira que estava solto sob fiança por assediar sexualmente uma mulher, informou a polícia, levantando novas preocupações sobre a segurança da popular companhia norte-americana de serviços online de táxi.

Madhur Verma, vice-comissário da polícia de Nova Délhi, disse que Shiv Kumar Yadav, de 32 anos, possuía acusações que datavam de mais de uma década.

Os crimes de Yadav incluem roubo, moléstia e posse de arma de fogo sem licença. 

Verma disse em sua página no Twitter, na terça-feira (9), que Yadav era um "bandido de longa data" em sua cidade natal de Mainpuri, no Estado de Uttar Pradesh, norte do país.

Na segunda-feira (8), uma corte de Délhi determinou que ele ficasse detido em custódia por três dias.

O ataque salientou o fracasso na regulamentação do crescente mercado de serviços online de táxi por aplicativo na Índia, a falta de fiscalização de motoristas pelo Uber, a incompetência de agências de aplicação da lei e o quão fácil é obter referências de caráter falsificadas no país. 

O caso desencadeou protestos, questionamentos no Parlamento e reacendeu um debate sobre a segurança de mulheres na terceira maior economia da Ásia, especialmente em Nova Délhi, que é considerada a capital do estupro na Índia. 

Yadav é acusado de estuprar uma mulher em Mainpuri, cerca de 200 quilômetros ao sudeste de Nova Délhi, no ano passado. A polícia queria mantê-lo preso, mas foi concedida fiança a ele.

A indignação pública foi motivada também após o Uber ter reconhecido que não realiza checagem de antecedentes em motoristas.

Em vez disso, a companhia depende do governo indiano para realizar tais inspeções ao emitir suas licenças comerciais.

Motoristas do Uber disseram à Reuters que foi apenas solicitado a eles que fornecessem suas carteiras de motorista, comprovante de endereço e documentos de registro do veículo.

Um motorista disse nunca ter sido entrevista pelo Uber e que a companhia de viagem onde trabalha completou todas as formalidades em seu nome. 

O Uber não responde a pedidos de comentários. 

O governo indiano solicitou que todos os governos estaduais proibissem o Uber e todas as outras companhias de táxi não registradas da web, citando preocupações de segurança aos passageiros. 

A medida na Índia foi acompanhada por ações judiciais ou do governo contra o Uber na Tailândia, na Espanha e nos EUA sobre questões de segurança.

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