Exame Logo

Mineração de Bitcoins se comporta como um jogo colaborativo, afirmam pesquisadores

Mineradores utilizam servidores para coordenar a ação em grupo, resolver as fórmulas matemáticas e obter as criptomoedas

Bitcoin (antanacoins/flickr/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 17h09.

Seguir um conjunto de regras, completar a tarefa proposta e, dessa maneira, obter uma recompensa: é assim que funciona a maioria dos tipos de jogos. Em análise feita pelos pesquisadores da USP Diego Viana e Ricardo Macedo, o processo de minerar Bitcoins se encaixa perfeitamente nesse molde. A rede dá fórmulas matemáticas que devem ser resolvidas por processadores de computador. Aquele que conseguir solucionar antes, recebe uma Bitcoin.

As moedas tradicionais, por outro lado, não têm esse conjunto de regras que regem a sua criação. “O mercado se estrutura da maneira que é atualmente justamente por causa do fato das moedas nacionais não serem um jogo. Há uma autoridade central que controla a emissão e o funcionamento, seguindo uma certa política econômica, que varia de acordo com o cenário social, econômico e político do país.”, explica Macedo. Segundo ele, o contexto da crise financeira mundial em 2008 foi ideal para o surgimento e crescimento da Bitcoin – o mercado, sem as regras definidas e consistentes das criptomoedas, havia chegado próximo de um colapso.

Veja também

As regras do jogo da Bitcoin fizeram com que seja mais fácil vencer se os jogadores colaborarem entre si. “Grupos de usuários se juntam e utilizam um servidor para coordenar a mineração nas diversas máquinas. Em troca de processar o seu pedaço, você recebe uma fração de moeda, baseada no seu poder de processamento e no poder total do grupo.”, analisa Macedo.

A consistência das regras que estão na rede, porém, não significa que o jogo de minerar Bitcoins seja algo simples. O campo das criptomoedas é complexo e não foi explorado em nenhuma experiência anterior – embora existam previsões, não se sabe ao certo como essa economia vai se comportar. Segundo Viana, quem está acostumado em trabalhar com as moedas nacionais deve tomar cuidado: “É uma outra escala de jogo”.

Acompanhe tudo sobre:BitcoinEnsino superiorFaculdades e universidadesINFOUSP

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame