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Michael Dell aposta fortuna para fechar capital de empresa

A fabricante de computadores fechará seu capital em uma operação de 24,4 bilhões de dólares, ideia que Michael Dell já tinha em mente há tempos

Michael Dell, presidente-executivo da Dell, criou a companhia quando era universitário e com apenas mil dólares (Getty Images/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 20h25.

Michael Dell chegou a abandonar o controle cotidiano da companhia de computadores que leva seu nome --experiência de resultado não muito positivo, e que terminou rápido. Mas agora ele está apostando boa parcela de sua fortuna pessoal para reverter a crise na empresa.

A Dell fechará seu capital em uma transação de 24,4 bilhões de dólares comandada por Dell e que incluirá capital do grupo de capital privado Silver Lake e um empréstimo da Microsoft, anunciaram as partes envolvidas na terça-feira.

Fechar o capital da Dell não é ideia nova: Michael Dell declarou em conferência com investidores em junho de 2010 que já havia pensado na hipótese.

Ao fechar negócio agora, a companhia do bilionário pode concentrar suas atenções em reverter a crise, adotando como foco os serviços e hardware de informática para empresas, seguindo o exemplo da IBM.

A tarefa não será fácil para uma empresa que construiu sua reputação produzindo computadores, mas cuja sorte mudou para pior e agora deseja concorrer contra rivais de maior porte como a Hewlett-Packard e a IBM.

"Trata-se de uma oportunidade de ser mais flexível na gestão da companhia, para Michael Dell. Isso não muda o fato de que, no mercado de computadores, eles enfrentem desafios mais sérios que os do passado", disse Shebly Seyrafi, analista da FBN Securities.

Michael Dell criou a empresa em 1984, quando ainda universitário, com capital de apenas mil dólares, e a conduziu ao topo do setor de computadores. O slogan da companhia em sua publicidade de TV, "dude, you're getting a Dell", tornou-se um dos mais conhecidos bordões do começo dos anos 2000, nos Estados Unidos.


O sucesso inicial da empresa valeu ao fundador fortuna suficiente para que ele criasse uma nova companhia, a MSD Capital, que emprega 80 pessoas em três cidades e cuida só de investir seu dinheiro em atividades que variam de ações a imóveis.

A revista Forbes o inclui no ranking dos 50 homens mais ricos do planeta, com fortuna estimada em 16 bilhões de dólares. No entanto, boa parte de seu sucesso ainda está ligado à empresa que fundou e da qual não conseguiu se afastar.

A primeira vez que ele saiu do cargo executivo máximo da Dell foi em 2004, quando seu braço direito Kevin Rollins assumiu como presidente-executivo.

A companhia estava em boa fase quando Rollins assumiu, mas as vendas e os serviços a clientes decaíram dentro de três anos, e houve uma percepção geral de alívio entre investidores quando Dell reassumiu o controle em janeiro de 2007.

Mas nos seis anos após Michael Dell ter reassumido a liderança, a participação de mercado da companhia caiu ainda mais, e isso prejudicou a ação da empresa.

A Dell, que tem mais de metade de sua receita atrelada às vendas de PCs e servidores, tem constantemente cedido market share para a HP e a Lenovo, e luta com o restante da indústria com a queda na demanda por computadores pessoais.

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Michael Dell chegou a abandonar o controle cotidiano da companhia de computadores que leva seu nome --experiência de resultado não muito positivo, e que terminou rápido. Mas agora ele está apostando boa parcela de sua fortuna pessoal para reverter a crise na empresa.

A Dell fechará seu capital em uma transação de 24,4 bilhões de dólares comandada por Dell e que incluirá capital do grupo de capital privado Silver Lake e um empréstimo da Microsoft, anunciaram as partes envolvidas na terça-feira.

Fechar o capital da Dell não é ideia nova: Michael Dell declarou em conferência com investidores em junho de 2010 que já havia pensado na hipótese.

Ao fechar negócio agora, a companhia do bilionário pode concentrar suas atenções em reverter a crise, adotando como foco os serviços e hardware de informática para empresas, seguindo o exemplo da IBM.

A tarefa não será fácil para uma empresa que construiu sua reputação produzindo computadores, mas cuja sorte mudou para pior e agora deseja concorrer contra rivais de maior porte como a Hewlett-Packard e a IBM.

"Trata-se de uma oportunidade de ser mais flexível na gestão da companhia, para Michael Dell. Isso não muda o fato de que, no mercado de computadores, eles enfrentem desafios mais sérios que os do passado", disse Shebly Seyrafi, analista da FBN Securities.

Michael Dell criou a empresa em 1984, quando ainda universitário, com capital de apenas mil dólares, e a conduziu ao topo do setor de computadores. O slogan da companhia em sua publicidade de TV, "dude, you're getting a Dell", tornou-se um dos mais conhecidos bordões do começo dos anos 2000, nos Estados Unidos.


O sucesso inicial da empresa valeu ao fundador fortuna suficiente para que ele criasse uma nova companhia, a MSD Capital, que emprega 80 pessoas em três cidades e cuida só de investir seu dinheiro em atividades que variam de ações a imóveis.

A revista Forbes o inclui no ranking dos 50 homens mais ricos do planeta, com fortuna estimada em 16 bilhões de dólares. No entanto, boa parte de seu sucesso ainda está ligado à empresa que fundou e da qual não conseguiu se afastar.

A primeira vez que ele saiu do cargo executivo máximo da Dell foi em 2004, quando seu braço direito Kevin Rollins assumiu como presidente-executivo.

A companhia estava em boa fase quando Rollins assumiu, mas as vendas e os serviços a clientes decaíram dentro de três anos, e houve uma percepção geral de alívio entre investidores quando Dell reassumiu o controle em janeiro de 2007.

Mas nos seis anos após Michael Dell ter reassumido a liderança, a participação de mercado da companhia caiu ainda mais, e isso prejudicou a ação da empresa.

A Dell, que tem mais de metade de sua receita atrelada às vendas de PCs e servidores, tem constantemente cedido market share para a HP e a Lenovo, e luta com o restante da indústria com a queda na demanda por computadores pessoais.

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