Tecnologia

Máquinas terão inteligência humana em 2029, diz diretor do Google

Ray Kurzweil acertou 86% de suas previsões feitas nos anos 1990

Inteligência artificial: conectar cérebros à nuvem será realidade, segundo diretor do Google (Reprodução/Thinkstock)

Inteligência artificial: conectar cérebros à nuvem será realidade, segundo diretor do Google (Reprodução/Thinkstock)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 17 de março de 2017 às 11h00.

Última atualização em 17 de março de 2017 às 14h52.

São Paulo – Ray Kurzweil é diretor de engenharia no Google e também é um futurista reconhecido. Sua aposta mais recente é quando as máquinas terão o nível de inteligência humana: em 2029. A previsão foi feita durante seu discurso no festival de cultura e tecnologia South by Southwest, nos Estados Unidos.

Apesar da inteligência artificial do Google ter se mostrado agressiva recentemente, Kurzweil não acredita que ela vai dominar a humanidade, ao contrário de grandes nomes da tecnologia e da física teórica, como Elon Musk e Stephen Hawking. 

Sua visão sobre a inteligência artificial é mais otimista: ela nos transformará em seres humanos melhores, mais inteligentes e capazes de realizar tarefas que hoje não conseguimos por conta própria.

Ele acredita que na década de 2030 será possível que conectemos o neoórtex à nuvem. Com isso, nossa capacidade de pensar funcionará aliada ao poder das máquinas.

"Seremos capazes de atender às necessidades físicas de todos os humanos. Vamos expandir nossas mentes e também exemplificar as qualidades artísticas que valorizamos em nós", declarou o executivo do Google.

Máquinas: inteligência artificial não deve se voltar contra humanos (Eu, Robô/Reprodução)

Como lembra o Science Alert, a previsão de Kurzweil para que as máquinas fiquem mais inteligentes do que os humanos (evento chamado de singularidade) é quase 20 anos antes do que Masayoshi Son, CEO Softbank, afirmou. Ele acredita que isso só acontecerá em 2047.

Entretanto, Kurzweil fez 147 previsões nos anos 1990 e sua taxa de acerto foi de 86%.

Certa vez, Larry Page, cofundador do Google, disse à Wired que sua empresa constrói não apenas uma simples ferramenta de buscas eficiente. "Oh, o que estamos fazendo na verdade é uma inteligência artificial", declarou Page.

Como indica o Futurism, o lado bom é que o Google pode nos ajudará a poupar tempo e energia na realização de tarefas corriqueiras. Porém, o risco disso é que o Google domina o mercado global de buscas na internet atualmente, o que pode resultar em um monopólio de inteligência artificial em 2030.

Veja a entrevista Kurzweil no SXSW na íntegra a seguir, em inglês.

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