Luis Inácio Lula da Silva se reunirá com ministros para acertar detalhes do PNBL: dilema é o modo que a fibra ótica será usada (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.
São Paulo - O presidente Luis Inácio Lula da Silva estará reunido na manhã de hoje com os 10 ministros que compõem o Plano Nacional da Banda Larga (PNBL) para fechar os detalhes do projeto.
Discutido desde o fim do ano passado, o plano prevê a implantação de internet com velocidade de no mínimo 1 Mbps em 4278 municípios do país (algo em torno de 65% do Brasil) até 2014.
A expectativa inicial era a de que o PNBL fosse apresentado semana passada, como parte do PAC 2, contudo, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou na ocasião que os responsáveis preferiram esperar mais um pouco para exibir os detalhes do plano.
Segundo ele, o motivo principal era o caráter polêmico do projeto, que poderia desviar o foco de atenção de outras obras do PAC 2, como os atos nos setores energético, portuário e de estradas no Brasil.
A princípio, o plano central do plano é usar redes de fibra óptica já existentes e ociosas no país com o objetivo de criar conexões com redes móveis para atender zonas rurais e municípios afastados. A dúvida, porém, é qual o melhor modelo para gerir os investimentos, o que deve ser discutido e confirmado na reunião desta quinta-feira.
A ideia do governo é usar uma rede de 16 mil quilômetros de fibra óptica sob posse da Telebrás, mas há grande controvérsia em torno de como essa rede de fibra óptica será usada.
Parte do governo defende que a Telebrás leve ela mesma conexão a novas cidades e atue como concorrente das teles privadas em grandes cidades brasileiras, num modelo estatal.
Outra parte, porém, defende que seria mais eficiente ceder esta infraestrutura totalmente para empresas privadas explorarem banda larga ou, ainda, adotarem um modelo misto que agregue gestão estatal da rede e serviço de última milha (a conexão entre um ponto final da rede e a residência do consumidor) para empresas privadas.
De acordo com pronunciamentos anteriores dos ministros, os investimentos poderão ser feitos pelo pelo Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), pelo Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), pelo Tesouro e pelas Empresas privadas.
Os investimentos iniciais previstos pelo governo federal variam de 3 a 16 bilhões de reais. Em contrapartida, há uma outra versão do plano, apresentada pelo Ministério das Comunicações, que prevê recursos de R$ 75,5 bilhões até 2014 - 49,01 bilhões de reais seria de iniciativa privada e o resto proviria do governo.
Leia outras notícias sobre banda larga.