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Levantamento mostra que hackers já lucraram R$ 88 milhões com dados de brasileiros na dark web

E-mails, cartões de crédito e identidades brasileiras estão entre as informações vendidas pelos criminosos

Informações pessoais à venda: dados de brasileiros são considerados os mais baratos em comparação aos demais países (SeongJoon Cho/Bloomberg/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 18 de julho de 2022 às 16h27.

Última atualização em 18 de julho de 2022 às 17h33.

Uma pesquisa da NordVPN, empresa panamenha de cibersegurança, constatou que hackers já venderam ilegalmente mais de 720 mil informações e dados de brasileiros na dark web, totalizando R$ 88 milhões em lucro.

Considerados os mais baratos em comparação aos demais países, os preços de dados no Brasil variam de R$ 33,56, (números de cartão de crédito) a R$ 51,27, sendo o e-mail pessoal o item mais caro.

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Entre os demais itens comercializados na dark web estão passaportes, documentos de identidade, carteira de habilitação, números de telefone, contas online, logins de contas bancárias e contas de criptomoedas, além de dados sensíveis.

O estudo aponta que documentos de identidade dos brasileiros estão na oitava posição mais barata do mundo, com média de R$ 47,78 por identidade — ante aos da República Tcheca, que chegam a custar mais de R$ 5,8 mil. Em países como Austrália e França custam, em média, R$ 1.740 e R$ 1.100, respectivamente.

Da mesma forma que em outros países, os dados brasileiros, em geral, são decifrados por invasões ou intuição pelo uso de senhas fáceis, além do preenchimento automático de informações nos sites.

Segundo a NordVPN, existem mais de 30 mil sites na dark web atualmente, e evidencia que apenas 4% de toda a internet pertence à “superfície” e está disponível para qualquer usuário online.

“O mercado analisado em nosso estudo foi escolhido porque sofreu grandes ataques cibernéticos no passado, evidenciando suas fragilidades”, pondera Adrianus Warmenhoven, especialista em segurança cibernética da NordVPN.

É possível reduzir os riscos que se corre e as chances de ter seus dados vendidos na dark web, como tomar cuidado com a navegação em sites e criar senhas diferentes e alfanuméricas para cada acesso, assim, se uma for descoberta as demais ainda estarão em segurança.

Deve-se também reagir rápido ao perceber qualquer atitude suspeita ou que não tenha sido executada pela própria pessoa e ficar sempre atento aos extratos bancários; a qualquer compra não reconhecida é importante bloquear imediatamente o cartão.

“O amplo escopo dos dados oferecidos nesses mercados criminosos mostra a importância de cuidar de sua segurança e privacidade online. A segurança cibernética está em nossas mãos. Quanto mais conhecimento dos riscos, mais é possível se proteger com as ferramentas e informações certas, maximizando a segurança de todos”, finaliza Warmenhoven.

Acompanhe tudo sobre:HackersLGPD – Lei Geral de Proteção de Dadosseguranca-digital

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