Leilão de WiMAX é assunto polêmico na Futurecom
Presidentes da Telefônica e da TIM no Brasil comentaram tecnologia em evento
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h24.
Como não poderia deixar de ser, as discussões sobre o leilão de faixas de freqüência de WiMAX são um tema recorrente nas palestras apresentadas no Futurecom.
Não há, é claro, um consenso de opiniões sobre a exigência da Anatel em excluir as operadoras de telefonia fixa do leilão, nas áreas em que já oferecem seus serviços. Fernando Xavier Ferreira, presidente do grupo Telefônica no Brasil, abordou o assunto várias vezes em sua apresentação nesta manhã, que tinha com tema "Mudanças no Cenário Competitivo Resultantes da Evolução e Convergência Tecnológicas".
Xavier Ferreira criticou a postura da Anatel. Segundo ele, é necessário estabelecer no Brasil um ambiente regulatório que promova nos mercados de acesso em banda larga e tevê por assinatura o mesmo desenvolvimento que já se observou nas áreas de telefonia fixa e móvel. "O WiMAX pode reestruturar o mercado de telecom", afirmou.
De acordo com ele, com essa tecnologia é possível obter uma redução de até 60% ao ano no custo de banda larga em áreas remotas. Xavier destacou ainda que novos players estão surgindo dentro do novo cenário de convergência. "Isso estimula ofertas altamente competitivas e convergentes", disse.
O leilão das faixas de WiMAX também foi um dos assuntos da palestra dada por Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM, com o tema "A Comunicação Móvel, as Novas Tecnologias e as Expectativas dos Consumidores". Segundo Araujo, os órgãos regulatórios têm de estar atentos à questão dos monopólios. "Monopólios privados são piores que os públicos", afirmou sobre o WiMAX. "Não se pode permitir que os meios de chegada de banda larga a uma casa sejam os mesmos", concluiu.