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Larry Page daria seus bilhões a Elon Musk, não à caridade

O CEO do Google, Larry Page, diz que daria seus bilhões ao empreendedor Elon Musk porque tem confiança em que ele vai mudar o mundo

Larry Page, do Google: blazer e camisa - nada de gravatas. (Getty Images)

Larry Page, do Google: blazer e camisa - nada de gravatas. (Getty Images)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 20 de março de 2014 às 13h55.

São Paulo -- Para Larry Page, CEO do Google, empresas inovadoras fazem mais bem à humanidade que organizações de caridade. 

Pelo menos é o que ele deu a entender ao responder a uma pergunta do apresentador de TV Charlie Rose no evento TED2014: The Next Chapter, que acontece nesta semana em Vancouver, no Canadá.

Rose perguntou se Page daria seu dinheiro a Elon Musk, fundador de empresas como Tesla e SpaceX. É algo que, aparentemente, Page já havia dito antes. O fundador do Google respondeu afirmativamente.

Ao que parece, Page usou essa ideia para expressar sua crença nos benefícios que uma empresa inovadora pode trazer, o que não significa que ele vá transformar Musk em herdeiro. Page elogiou o plano de Musk de enviar pessoas para colonizar Marte:

"Ele quer ir a Marte. É um objetivo válido. Temos muitos empregados que se tornaram bastante ricos no Google. Você trabalha porque quer mudar o mundo e torná-lo melhor. Se a empresa em que você trabalha merece seu tempo, por que não seu dinheiro?", disse.

É uma postura similar à de Steve Jobs. Walter Isaacson, biógrafo do fundador da Apple, conta que Bill Gates tentou, várias vezes, convencer Jobs a contribuir para a Fundação Bill & Melinda Gates, a organização beneficente fundada por ele. Jobs sempre disse não.

Page também criticou as empresas que, em sua visão, não inovam o suficiente: “A maioria das pessoas acha que as empresas são basicamente maléficas. Elas têm má imagem. Eu acho que, de alguma forma, isso está correto”, disse. 

“Há empresas fazendo os mesmos avanços incrementais que elas faziam 50 anos atrás, 20 anos atrás. Não é disso que precisamos, especialmente em tecnologia. Precisamos de transformações revolucionárias, não de mudanças incrementais.”

Falando sobre os projetos do Google, o CEO deu uma boa notícia. Segundo ele, o carro sem motorista está muito perto de virar realidade. "Já dirigimos muito mais de 100 mil milhas nesses carros", disse.

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