Pokémon Go: apesar do sucesso, fórmula para ganhar dinheiro com o app é ilegal, segundo os termos de uso do jogo (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
Luiza Calegari
Publicado em 23 de julho de 2016 às 19h54.
Um jovem norte-americano tinha algo que muitos jogadores de “Pokémon Go” não têm: tempo livre de sobra. E resolveu colocá-lo à venda para jogar e capturar Pokémons nos horários em que as pessoas estavam trabalhando ou estudando.
A ideia foi um sucesso: teve tanta gente interessada em seu anúncio no Craigslist que Lewis Gutierrez, de 24 anos, teve que contratar um assistente.
"Eu estava usando dois telefones. Jogava dez horas por dia, e chamei meu amigo Jordan para ajudar. E agora parece que vamos ter que chamar mais alguém", disse Lewis à Associated Press.
Outras ideias de negócios também já surgiram da febre do app, como um “treinador” em Londres que cobra US$ 185 para levar o jogo ao nível 20, considerado alto.
Há ainda um serviço parecido com o Uber que promete te levar para os melhores locais da cidade para capturar Pokémons.
Se a ideia de pagar para alguém jogar um jogo por você parece absurda, espere até saber quais são os principais motivos que levam as pessoas a contratar os serviços de Lewis e Jordan.
Um deles é que as pessoas querem finalizar o jogo nos níveis mais altos, mas não têm a habilidade ou o tempo necessários para se dedicar ao jogo.
O outro é o Tinder. As pessoas encontram outros jogadores pelo Tinder enquanto caçam Pokémons, e querem impressionar os possíveis parceiros mostrando que já atingiram um nível respeitável no jogo.
“Tem muita gente marcando encontro desse jeito”, afirmou Jordan Clark, sócio no empreendimento.
A prática, no entanto, é ilegal. Os termos de uso do “Pokémon Go” proibem expressamente a transferência de acesso ao jogo para terceiros.