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Jornalista cria site que reconta notícias para crianças

Simone Ronzani criou o Recontando, que faz animações sobre as notícias mais repercutidas nas redes sociais

Jornalista Simone Ronzani com a página do site Recontando, que reconta notícias do mundo para crianças (Cássia Maria/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 11h07.

São Paulo - Uma das características que mais marcam a Geração Z é a facilidade de lidar com as novas tecnologias. Já não é mais surpreendente ver crianças de 5 anos - ou menos - usando tablets, smartphones e computadores de forma avançada. As variadas abas expõe que as crianças também possuem gosto por notícias e capacidade de absorver muitas informações simultaneamente. Porém, nem sempre os usuários mirins conseguem entender o que muitos portais de notícias veiculam nos domínios.

A jornalista Simone Ronzani pensou nas dúvidas que seu filho tinha após ouvir e ler as notícias e criou o Recontando, site que cria animações sobre as notícias mais repercutidas nas redes sociais. Cada animação é desenvolvida com precisão para deixar a notícia mais clara e didática possível para que as crianças, principal público alvo do domínio, absorvam os fatos que as circundam ao redor do mundo.

Em entrevista à INFO Online, a jornalista explica como começou o projeto e conta um pouco sobre o sucesso do site, que foi ao ar em março, mais precisamente no último dia 30.

- Como surgiu a ideia do Recontando?

Simone Ronzani - Desde então passei a estudar a geração do meu filho. O Recontando foi o projeto da minha pós-graduação. Após os estudos, percebi que existia um "gap" no mercado editorial - as notícias. Durante a minha pesquisa, notei que as crianças "torciam o nariz" para os jornais, mas que as notícias sempre chegavam nelas, independente do meio.

- Quantas pessoas fazem parte do projeto? Qual é a frequência de publicações do site? Qual é a média de visitantes do site?

Simone Ronzani - Apesar de ser um site para crianças, o site também consegue atingir o público adulto. A página oficial do Facebook já conta com mais de 6 mil fãs, sendo 36% entre 25 e 55 anos. Percebemos que, pelo engajamento no Facebook, muitos visitantes acabam sendo jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de entender o fato. Nós temos muitos relatos de usuários mais velhos que acompanham as notícias para crianças.

- Qual é o critério para transformar a notícia para as crianças? Existe algum editor mirim para analisar a notícia antes de ser publicada? Teve alguma matéria que os editores não aprovaram?

Simone Ronzani - Para melhor análise, enviamos um questionário para três crianças, logo após a execução de um vídeo. De 15 questões que formavam o "quiz", um deles acertou 14, outro 13 e o último 12. É esse resultado - de passar a informação clara - que a gente pretende alcançar.


- Quais são os próximos passos para o Recontando?

Simone Ronzani - Atualmente possuímos uma parceria com a "Escola Nossa" em Niterói, Rio de Janeiro. Quinzenalmente vamos para o colégio e apresentamos o episódio inédito para os alunos. Após a exibição, dividimos as crianças em grupos e criamos algumas atividades para ver o nível de entendimento da notícia.

Esse tipo de atividade está funcionando e estamos bem satisfeitos com o resultado atual do site.Teve sim, mas ainda bem que só foi uma vez. Eles costumam ser bem exigentes. A matéria sobre jogos de futebol na altitude teve que ser refeita após a rejeição das crianças. Esquecemos de informar o que acontece com o corpo humano quando os jogadores de futebol participam de partidas na Bolívia, por exemplo.

Reescrevemos a matéria, que foi aprovada depois. Sim. Antes de publicar a notícia, nós passamos as histórias para quatro colaboradores, que visitam a redação duas vezes por semana. O legal é que as crianças são verdadeiras e costumam criticar quando não entendem a abordagem de um determinado assunto.

A gente troca muita ideia na redação sobre o que está acontecendo e seria legal de contar para os mais jovens. Mas também recebemos diversas sugestões das próprias crianças. Desde que o Recontando foi ao ar (30 de março), já ultrapassamos a marca de 10 mil visualizações. A taxa de retorno chega a ser de 3,8 mil usuários.

Nós fazemos atualizações até três vezes por semana. Essa frequência é limitada por conta das ilustrações, que demoram mais para serem realizadas. É difícil fazer o "hard news" para as crianças. Publicar uma notícia para elas é um longo processo. A equipe do recontando conta com três jornalistas e mais três ilustradores que estão dedicados 100% do tempo no site.

Foi em 2009. No final do ano, eu e meu filho Henrique, de oito anos, estávamos indo ao Shopping comprar presentes de natal. Exatamente neste dia, ocorreu um incêndio no Plaza Shopping Niterói, impedindo a gente de pegar o presente de natal. Ao dar meia volta, percebi que meu filho estava atento às notícias do rádio, mas sempre me perguntava o que elas queriam dizer. Após isso, percebi que as crianças também possuem interesse em saber o que ocorre no mundo.

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São Paulo - Uma das características que mais marcam a Geração Z é a facilidade de lidar com as novas tecnologias. Já não é mais surpreendente ver crianças de 5 anos - ou menos - usando tablets, smartphones e computadores de forma avançada. As variadas abas expõe que as crianças também possuem gosto por notícias e capacidade de absorver muitas informações simultaneamente. Porém, nem sempre os usuários mirins conseguem entender o que muitos portais de notícias veiculam nos domínios.

A jornalista Simone Ronzani pensou nas dúvidas que seu filho tinha após ouvir e ler as notícias e criou o Recontando, site que cria animações sobre as notícias mais repercutidas nas redes sociais. Cada animação é desenvolvida com precisão para deixar a notícia mais clara e didática possível para que as crianças, principal público alvo do domínio, absorvam os fatos que as circundam ao redor do mundo.

Em entrevista à INFO Online, a jornalista explica como começou o projeto e conta um pouco sobre o sucesso do site, que foi ao ar em março, mais precisamente no último dia 30.

- Como surgiu a ideia do Recontando?

Simone Ronzani - Desde então passei a estudar a geração do meu filho. O Recontando foi o projeto da minha pós-graduação. Após os estudos, percebi que existia um "gap" no mercado editorial - as notícias. Durante a minha pesquisa, notei que as crianças "torciam o nariz" para os jornais, mas que as notícias sempre chegavam nelas, independente do meio.

- Quantas pessoas fazem parte do projeto? Qual é a frequência de publicações do site? Qual é a média de visitantes do site?

Simone Ronzani - Apesar de ser um site para crianças, o site também consegue atingir o público adulto. A página oficial do Facebook já conta com mais de 6 mil fãs, sendo 36% entre 25 e 55 anos. Percebemos que, pelo engajamento no Facebook, muitos visitantes acabam sendo jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de entender o fato. Nós temos muitos relatos de usuários mais velhos que acompanham as notícias para crianças.

- Qual é o critério para transformar a notícia para as crianças? Existe algum editor mirim para analisar a notícia antes de ser publicada? Teve alguma matéria que os editores não aprovaram?

Simone Ronzani - Para melhor análise, enviamos um questionário para três crianças, logo após a execução de um vídeo. De 15 questões que formavam o "quiz", um deles acertou 14, outro 13 e o último 12. É esse resultado - de passar a informação clara - que a gente pretende alcançar.


- Quais são os próximos passos para o Recontando?

Simone Ronzani - Atualmente possuímos uma parceria com a "Escola Nossa" em Niterói, Rio de Janeiro. Quinzenalmente vamos para o colégio e apresentamos o episódio inédito para os alunos. Após a exibição, dividimos as crianças em grupos e criamos algumas atividades para ver o nível de entendimento da notícia.

Esse tipo de atividade está funcionando e estamos bem satisfeitos com o resultado atual do site.Teve sim, mas ainda bem que só foi uma vez. Eles costumam ser bem exigentes. A matéria sobre jogos de futebol na altitude teve que ser refeita após a rejeição das crianças. Esquecemos de informar o que acontece com o corpo humano quando os jogadores de futebol participam de partidas na Bolívia, por exemplo.

Reescrevemos a matéria, que foi aprovada depois. Sim. Antes de publicar a notícia, nós passamos as histórias para quatro colaboradores, que visitam a redação duas vezes por semana. O legal é que as crianças são verdadeiras e costumam criticar quando não entendem a abordagem de um determinado assunto.

A gente troca muita ideia na redação sobre o que está acontecendo e seria legal de contar para os mais jovens. Mas também recebemos diversas sugestões das próprias crianças. Desde que o Recontando foi ao ar (30 de março), já ultrapassamos a marca de 10 mil visualizações. A taxa de retorno chega a ser de 3,8 mil usuários.

Nós fazemos atualizações até três vezes por semana. Essa frequência é limitada por conta das ilustrações, que demoram mais para serem realizadas. É difícil fazer o "hard news" para as crianças. Publicar uma notícia para elas é um longo processo. A equipe do recontando conta com três jornalistas e mais três ilustradores que estão dedicados 100% do tempo no site.

Foi em 2009. No final do ano, eu e meu filho Henrique, de oito anos, estávamos indo ao Shopping comprar presentes de natal. Exatamente neste dia, ocorreu um incêndio no Plaza Shopping Niterói, impedindo a gente de pegar o presente de natal. Ao dar meia volta, percebi que meu filho estava atento às notícias do rádio, mas sempre me perguntava o que elas queriam dizer. Após isso, percebi que as crianças também possuem interesse em saber o que ocorre no mundo.

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