Tecnologia

Influenciadores são banidos na China por "ostentação excessiva"

Sites ligados ao governo disseram que estilo de vida "pode ser má influência sobre adolescentes"

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de maio de 2024 às 07h23.

Um influenciador apelidado de "Kim Kardashian da China", em razão de suas roupas extravagantes e demonstrações de riqueza, foi banido das redes sociais do país junto de dezenas de outras pessoas que se gabavam de esbanjar produtos de luxo. As informações são do Financial Times.

O abrupto sumiço online nesta semana de Wang Hongquanxing, que já se gabou de nunca ter saído de casa com joias e roupas no valor de menos de R$ 10 milhões (US$ 1,4 milhão), faz parte da mais recente campanha do governo para manter seu domínio sobre a cultura de mídia social da China.

Wang e os outros influenciadores, conhecidos por seus vídeos curtos, foram banidos por várias plataformas de mídia social chinesas, incluindo Weibo, Douyin e Xiaohongshu depois que o órgão regulador da internet anunciou uma campanha contra a "criação de personas ostensivas". As páginas de perfil de Wang, cujo nome verdadeiro é Wang Hongquan, foram declaradas inacessíveis devido à "violação das regras de autodisciplina". 

A economia da China cresceu a uma taxa anual de cerca de 5% no primeiro trimestre, mas analistas dizem que outros indicadores mostram que as condições reais são mais difíceis do que os números sugerem, tornando as autoridades ainda mais sensíveis a quaisquer fontes de possível descontentamento. Essa campanha "educadora" contra influenciadores ricos começou em abril, quando a Administração do Ciberespaço da China, o órgão de vigilância da internet, anunciou que iria coibir comportamentos como "mostrar deliberadamente um estilo de vida luxuoso construído sobre a riqueza". 

As plataformas de internet responderam na semana passada prometendo reprimir a "extravagância e o desperdício" e a "ostentação e materialismo". Os sites ainda disseram que "uma vez que o materialismo começa a se espalhar, ele pode ter uma má influência sobre os adolescentes... Portanto, essa tendência de luxo na internet precisa ser interrompida", informou o veículo estatal Beijing News.

Wang, de 31 anos, tinha 4,3 milhões de seguidores no Douyin, a versão chinesa do TikTok, informou a revista online chinesa Sixth Tone. Ele já se gabou de ser dono de sete apartamentos de luxo em Pequim. Outros influenciadores também banidos incluíram "Sister Abalone", uma socialite rica de meia-idade com mais de 2 milhões de seguidores que mostra visitas às suas casas palacianas em Macau, e "Mr Bo", um viciado em bens de luxo com quase 3 milhões de seguidores.

Acompanhe tudo sobre:InfluenciadoresChina

Mais de Tecnologia

Apple apresenta versão do iPhone com IA nesta segunda; veja o que esperar

LinkedIn atinge 75 milhões de usuários no Brasil com forte crescimento da Geração Z

Trabalhe como um streamer: Santander oferece 8 mil bolsas de estudo para gamers

5G atinge 25,92 milhões de chips ativos, mas representa apenas 10% da base móvel no Brasil

Mais na Exame