Impacto humano na perda de água doce supera estimativa
O trabalho concluiu que o aumento na perda de água doce para a atmosfera, por evaporação, é 4.370 quilômetros cúbicos anuais
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 12h50.
O impacto humano na perda de água doce , com atividades como rega ou construção de barragens, excede em 20% o calculado, mostra estudo divulgado hoje (4) pela revista Science.
O trabalho concluiu que o aumento na perda de água doce para a atmosfera, por evaporação, é 4.370 quilômetros cúbicos anuais, o que equivale a dois terços do fluxo anual do Rio Amazonas , o mais caudaloso do mundo.
“As pequenas coisas que fazemos na superfície da terra podem ter grandes efeitos globais. Antes, os efeitos das atividades humanas, como as barragens, eram subestimados. O estudo mostra que os efeitos até agora têm sido inclusive superiores aos das alterações climáticas”, afirmou Fernando Jaramillo, do Departamento de Geografia Física da Universidade de Estocolmo.
A tese do estudo é que atividades como a rega e as barragens aumentaram consideravelmente o consumo total de água doce, ao intensificar a evaporação e transpiração, ou seja, a perda de umidade e de água por transpiração da vegetação.
“O aumento dessa perda por causas humanas é como um grande rio de água doce da Terra para a atmosfera. Mudamos muito o sistema da água doce sem saber”, observou Gia Destouni, professora da Universidade de Estocolmo.
“Já superamos os limites do consumo de água doce do planeta. Isso é sério”, acrescentou.
Para fazer o estudo, os cientistas analisaram dados sobre clima, hidrologia e uso da água em uma centena de grandes bacias hidrológicas do mundo entre 1901 e 2008.
O impacto humano na perda de água doce , com atividades como rega ou construção de barragens, excede em 20% o calculado, mostra estudo divulgado hoje (4) pela revista Science.
O trabalho concluiu que o aumento na perda de água doce para a atmosfera, por evaporação, é 4.370 quilômetros cúbicos anuais, o que equivale a dois terços do fluxo anual do Rio Amazonas , o mais caudaloso do mundo.
“As pequenas coisas que fazemos na superfície da terra podem ter grandes efeitos globais. Antes, os efeitos das atividades humanas, como as barragens, eram subestimados. O estudo mostra que os efeitos até agora têm sido inclusive superiores aos das alterações climáticas”, afirmou Fernando Jaramillo, do Departamento de Geografia Física da Universidade de Estocolmo.
A tese do estudo é que atividades como a rega e as barragens aumentaram consideravelmente o consumo total de água doce, ao intensificar a evaporação e transpiração, ou seja, a perda de umidade e de água por transpiração da vegetação.
“O aumento dessa perda por causas humanas é como um grande rio de água doce da Terra para a atmosfera. Mudamos muito o sistema da água doce sem saber”, observou Gia Destouni, professora da Universidade de Estocolmo.
“Já superamos os limites do consumo de água doce do planeta. Isso é sério”, acrescentou.
Para fazer o estudo, os cientistas analisaram dados sobre clima, hidrologia e uso da água em uma centena de grandes bacias hidrológicas do mundo entre 1901 e 2008.