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GSK pedirá autorização para vacina contra malária

O grupo farmacêutico britânico GSK anunciou que solicitará autorização científica europeia para sua vacina contra a malária, destinada a crianças da África

A sede da companhia farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK): vacina contra malária elaborada pela GSK, chamada "RTS,S", é a mais avançada (Ben Stansall/AFP)

A sede da companhia farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK): vacina contra malária elaborada pela GSK, chamada "RTS,S", é a mais avançada (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 10h19.

Paris - O grupo farmacêutico britânico GSK anunciou nesta terça-feira que solicitará autorização científica europeia para sua vacina contra a malária, destinada a crianças da África subsaariana, depois de testes que considerou "promissores".

Várias vacinas contra a malária - doença transmitida por mosquitos que mata 655.000 pessoas por ano, sobretudo crianças africanas com menos de cindo anos - estão sendo desenvolvidas. A elaborada pela GSK, chamada "RTS,S", é a mais avançada.

A empresa britânica anunciou em conjunto com o grupo Malaria Vaccine Initiative (MVI, apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates) os primeiros resultados do teste avançado, chamado de fase 3, destinado a mais de 15.000 crianças, em uma conferência sobre a malária em Durban (África do Sul).

"A eficácia da vacina foi de 46% para as crianças mais jovens (de 5 a 17 meses durante a primeira vacinação) e de 27% para os bebês de 6 a 12 semanas na primeira vacinação, ao longo dos testes realizados durante 18 meses", declarou à AFP o principal coordenador do teste, dr. Lucas Otieno (do Kenya Medical Research Institute/Walter Reed Project).

Otieno considerou "promissores os resultados obtidos até agora".

"Os testes continuam e nós esperamos ter em 2014 mais informações sobre a proteção a longo prazo (fornecidas pela vacina). Também avaliaremos a incidência de uma dose de reforço administrada 18 meses depois da vacinação", explicou.

A GSK pretende solicitar em 2014 a opinião científica da Agência Europeia do Medicamento para a vacina desenvolvida especialmente para as crianças da África subsaariana, e não para ser comercializada na Europa.

Em caso de opinião favorável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia recomendar a vacina em 2015, o que abriria o caminho a uma difusão na África (principalmente por meio do Unicef e do programa humanitário Gavi Alliance). O grupo farmacêutico afirma que terá margem de apenas 5%.

A malária é provocada por um parasita, Plasmodium, transmitido pelos mosquitos e que provoca febre, dores de cabeça e vômitos. A falta de tratamento pode provocar rapidamente a morte por problemas circulatórios.

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