Tecnologia

Governo do Reino Unido aprova uso de sistemas de detecção de drones

Mais de 100 mil passageiros foram prejudicados depois que drones foram vistos próximos à pista de um aeroporto em Londres

 (Parrot/Divulgação)

(Parrot/Divulgação)

E

EFE

Publicado em 25 de dezembro de 2018 às 13h22.

O Reino Unido instalará sistemas especiais para detectar a ameaça dos drones, após o caos ocorrido há poucos dias no aeroporto londrino de Gatwick pela suspensão de voos devido à presença desses equipamentos próximos da pista.

Milhares de passageiros foram afetados na semana passada pelo cancelamento de voos em uma das épocas do ano de maior atividade nos aeroportos devido às festividades natalinas.

O secretário de Estado de Segurança, Ben Wallace, informou nesta terça-feira em comunicado que o país utilizará sistemas de detecção de drones, mas sem especificar como eles são e quando entrarão em funcionamento.

"A grande proliferação desses aparatos, junto com os desafios de adotar medidas militares em áreas civis, faz com que não existam soluções fáceis" para este problema, afirmou Wallace.

"Não obstante, posso dizer que agora podemos instalar sistemas de detecção em todo o Reino Unido para combater essa ameaça", disse o secretário de Estado.

Wallace insistiu que as pessoas que utilizam drones com objetivos criminais estão sujeitas a "penas graves" e se mostrou confiante de que a polícia poderá localizar os responsáveis que provocaram caos no aeroporto de Gatwick.

Na última quinta-feira, todos os voos em Gatwick, o segundo aeroporto em importância na Inglaterra depois de Heathrow, permaneceram suspensos e mais de 100 mil passageiros foram prejudicados depois que drones foram vistos próximos à pista.

A gravidade da situação obrigou o governo a mobilizar o exército para localizar os veículos operados por controle remoto, mas sem que o incidente tenha sido esclarecido até agora.

Como resultado das investigações, duas pessoas - Paul Gait e Elaine Kirk - foram detidos como suspeitos do incidente, mas acabaram sendo liberados no fim de semana sem acusações.

Em declarações aos veículos de imprensa em Crawley, no sul da Inglaterra, Gait e Kirk admitiram ontem que ficaram "profundamente angustiados" com suas detenções equivocadas e pelo fato de seus nomes terem sido divulgados por alguns meios de comunicação sem que se soubesse se os dois eram culpados ou inocentes.

No Reino Unido, manipular drones perto de aeródromos pode render penas de até cinco anos de prisão. EFE

Acompanhe tudo sobre:AviõesDronesReino Unido

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia