Google vai começar a produzir smartphone Pixel na Índia no próximo trimestre
Empresa competirá com gigantes de smartphones como Apple e Samsung na Índia, bem como marcas chinesas como vivo e Xiaomi
Redatora
Publicado em 22 de fevereiro de 2024 às 08h03.
A big tech Google planeja começar a fabricar seus smartphones Pixel a partir do próximo trimestre na Índia, de acordo com reportagem do jornal Nikkei Asia publicada nesta quinta-feira, 22.
A decisão foi impulsionada pelo desejo de capturar a demanda indiana pelos aparelhos. Em 2023, a Índia se tornou o quinto mercado de smartphones a ultrapassar as vendas de 10 milhões de unidades do iPhone em um único ano.
Pesa na decisão também o plano de diversificar cadeias de fornecimento para longe da China, em meio a crescentes tensões entre o país asiático e os EUA. A Apple também tem transferido a produção da China para lugares devido à tensão geopolítica.
O Google tem a meta ambiciosa de fazer mais de 10 milhões de telefones Pixel ainda este ano. Segundo a reportagem, a empresa começará a fabricar os telefones Pixel 8 Pro no trimestre de abril a junho, seguido pela produção do Pixel 8 por volta do meio de 2024.
O Google competirá com gigantes de smartphones como Apple e Samsung na Índia, bem como marcas chinesas como vivo e Xiaomi.
“A Samsung manteve a posição de liderança no quarto trimestre de 2023 com uma participação de mercado de 20% e remessas de 7,6 milhões de unidades. Xiaomi continuou com seu desempenho robusto, garantindo o segundo lugar ao enviar 7,2 milhões de unidades. A vivo garantiu a terceira posição com remessas de 7,0 milhões de unidades,” de acordo com a a empresa de análises em tecnologia Canalys.
O CEO da Apple, Tim Cook, disse no ano passado à emissora norte-americana CNBC que a Índia representa uma "grande oportunidade", depois de ter feito uma reunião com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi na Casa Branca.
A Índia tem oferecido incentivos às empresas para estabelecerem operações de fabricação no país. Dell, HP e Lenovo estavam entre as 27 empresas que receberam aprovação em novembro para fabricar hardware tecnológico na Índia sob um esquema de incentivo vinculado à produção.