Android ganha ritmo e foco em redes sociais
Presidente da empresa espera que receita gerada com publicidade no Android ultrapasse o valor ganho com as buscas online
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 21h08.
Lake Tahoe, Estados Unidos - Cerca de 200 mil celulares inteligentes (smartphones) e outros aparelhos baseados no sistema operacional Google Android estão sendo vendidos a cada dia, disse Eric Schmidt, presidente-executivo da empresa, na quarta-feira, enfatizando o forte desafio que isso representa para rivais como o Apple iPhone.
O líder mundial em serviço de buscas está procurando por novas oportunidades de faturamento, à medida que o crescimento se desacelera em suas atividades centrais de Internet e novas tecnologias como os celulares inteligentes e serviços de redes sociais transformam a maneira pela qual os consumidores ganham acesso à Web.
Schmidt espera que a receita com publicidade associada a buscas em celulares no futuro venha a exceder a receita que o Google hoje gera com as buscas em computadores pessoais, mas não especificou uma data.
"Parece que o Android é não apenas fenomenal como um sucesso incrivelmente fenomenal, em termos de ritmo de crescimento," disse Schmidt a jornalistas durante a conferência Technomy, em Lake Tahoe, Califórnia, onde participou de um painel de debates.
Schmidt disse que o foco do Google agora era integrar os recursos de redes sociais aos seus produtos online, mas não quis comentar sobre informações de que está construindo um novo serviço para concorrer com o Facebook --o maior site mundial de redes sociais-- e criando parcerias com empresas de jogos sociais como a Zynga.
Analistas consideram que os jogos possam ser o caminho para que o Google ingresse na arena das redes sociais, já que o gigante da Internet precisa superar uma série de iniciativas mal sucedidas que o deixaram à margem desse mercado florescente.
"Houve muitos vazamentos de informações, alguns dos quais corretos e outros não. Em geral, é melhor não comentar sobre projetos não anunciados," disse Schmidt.
"Em termos gerais, sempre acreditamos que nossos produtos seriam melhores com mais sinais sociais," acrescentou.
Surgiram comentários no mesmo dia de que a empresa cancelou o Google Wave, um produto de redes sociais muito discutido lançado no ano passado. Schmidt disse que o Wave "não ganhou tração" suficiente, mas que alguns de seus recursos seriam utilizados em novos produtos.
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