Tecnologia

Fukushima terá muro de gelo para bloquear água radioativa

Autoridade de segurança nuclear aprovou projeto de construção de muro de gelo subterrâneo, para diminuir acúmulo de água radioativa no subsolo da usina

Usina nuclear de Fukushima: obras devem começar em junho, segundo porta-voz (Koji Sasahara/AFP)

Usina nuclear de Fukushima: obras devem começar em junho, segundo porta-voz (Koji Sasahara/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 16h03.

Tóquio - A autoridade de segurança nuclear do Japão aprovou nesta segunda-feira o projeto de construção de um "muro de gelo" subterrâneo para diminuir o acúmulo de água radioativa no subsolo da usina de Fukushima Daichi.

De acordo com o plano da companhia Tokyo Electric Power (Tepco, que opera a central acidentada em março de 2011), as obras devem começar em junho, segundo um porta-voz da organização.

O projeto, financiado pelo governo, consiste em criar um espesso "muro de gelo" com 1,5 km de canalizações preenchidas com líquido refrigerado para bloquear os vazamentos.

O objetivo é evitar que a água limpa das colinas circundantes passem sob a central.

Atualmente, circula sob Fukushima Daichi água não contaminada que se mistura à água usada para resfriar os reatores, que é radioativa.

A Tepco planeja instalar o muro para evitar esse fenômeno que faz aumentar a quantidade de água contaminada sob a central.

"Temos algumas dúvidas, mas, no geral, não há objeções, então decidimos que a Tepco poderá iniciar o projeto", explicou o porta-voz que não quis se identificar.

Em sua opinião, a Tepco terá que rever alguns de seus planos, porque, tal como está, o projeto pode danificar a rede de tubulações subterrâneas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEmpresasEnergiaEnergia nuclearFukushimaInfraestruturaJapãoPaíses ricosTepco

Mais de Tecnologia

Como a greve da Amazon nos EUA pode atrasar entregas de Natal

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia