França retoma buscas por destroços do avião que caiu nos Alpes

As equipes de resgate retomaram no amanhecer desta quarta-feira os trabalhos de busca dos destroços do avião da companhia aérea alemã Germanwings que caiu ontem nos Alpes franceses quando efetuava o trajeto entre Barcelona e Düsseldorf.

O movimento de veículos por terra se intensificou a partir das 7h (horário local, 3h de Brasília) logo assim que saiu o sol na cidade de Seyne-les-Alpes, a poucos quilômetros do local do acidente e onde se concentram os serviços de resgate.

O início dos sobrevoos dos helicópteros encarregados de transportar os investigadores ao local exato da queda, de acesso impossível por estrada, começou pouco depois, às 8h (4h de Brasília).

As equipes de buscas quase não abrigam esperanças de encontrar com vida algum dos 150 ocupantes do avião, seis deles membros da tripulação.

As autoridades tentarão criar um caminho rumo ao lugar onde se encontram, quase pulverizados, os destroços do Airbus A320 e que durante a noite permaneceu vigiado por cinco agentes.

Também se espera que ao longo do dia se intensifique a investigação, após ter sido encontrada ontem uma das caixas-pretas, a que grava as conversas dos pilotos.

Durante a noite nevou na área do acidente e espera-se que de manhã as condições meteorológicas não sejam muito propicias para facilitar os trabalhos de resgate.

Embora as nuvens estejam altas, o que facilita o voo dos helicópteros, é possível que chova e que haja vento ao longo do dia, segundo os serviços meteorológicos.

As autoridades francesas organizaram um grande esquema em Seyne-les-Alpes para receber os familiares das vítimas que queiram chegar até o local.

A previsão é que também cheguem ali na primeira hora da tarde o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.

O Airbus A320 da Germanwings caiu nos Alpes franceses pouco após decolar na noite de terça-feira do aeroporto de Barcelona com destino a Düsseldorf, com 150 pessoas a bordo e dos quais se estima, segundo dados da companhia aérea, que a maior parte eram alemães (67) e espanhóis (45).