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França quer fortalecer privacidade na rede para ´equilibrar forças´

Primeiro-ministro francês afirmou que proteção das informações dos usuários da internet deve ser uma prioridade

Manuel Valls (Getty Images)

Manuel Valls (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 06h54.

O primeiro-ministro da França Manuel Valls afirmou nesta segunda-feira (8) esperar que a União Europeia endureça as leis de proteção à privacidade na internet no continente.

Durante uma conferência em Paris, organizada pela agência francesa de proteção à informação, Valls afirmou que a França apoia uma regulação mais rígida que proteja a privacidade dos usuários de internet em toda a Europa.

A nova regulação, que está há alguns anos sob análise de um comitê do bloco europeu, deve ser colocada em votação no próximo ano.

"Não podemos permitir que a exploração de informações pessoais aconteça na ausência de qualquer regra", afirmou Valls. "Valores democráticos devem prevalecer no mundo digital. A lei deve ser aplicada."

Os comentários do primeiro-ministro francês seguem às recentes manifestações de autoridades europeias, que desejam diminuir a força das empresas de tecnologia americanas no continente.

Na semana passada, o governo do Reino Unido afirmou que pretende implantar uma tributação de 25% às empresas que supostamente "fogem dos impostos" ao se instalar no país. O tributo foi apelidado pela imprensa britânica de "taxa Google.”

O governo inglês também criticou as empresas de tecnologia por não fazerem o bastante para combater materiais que estimulem o terrorismo em suas plataformas.

Além disso, o Google está sendo alvo de um processo antitruste, movido pela União Europeia, em relação às atividades de seu serviço de busca no continente.

Manuel Valls afirmou que suas declarações se referem especialmente às empresas de internet que pressionaram governos nacionais a barrarem leis de proteção à informação em seus países.

"Essas empresas preocupadas com questões de privacidade — não preciso citá-las por nome, todos sabemos quais elas são — têm duas vezes mais usuários do que a Europa tem de habitantes", afirmou Valls. "Precisamos ter certeza de que temos as ferramentas para manter um equilíbrio de poder."

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