Fornecedora de telas de safira da Apple anuncia 727 demissões durante evento do iPad
Empregados começarão a sair na próxima terça-feira; demissões serão concluídas em 15 de dezembro, e dão continuidade ao pedido de falência aberto neste mês
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 15h35.
A GT Advanced Technologies aproveitou o evento de anúncio dos novos iPads para dar uma notícia das mais desagradáveis a seus funcionários. Fornecedora das telas de safira da Apple , a empresa demitirá 727 trabalhadores até o próximo dia 15 de dezembro, em mais uma etapa de seu processo de falência iniciado no começo deste mês.
Os empregados são todos da fábrica localizada em Mesa, no Arizona, fruto da iniciativa conjunta das duas companhias. A instalação era vista praticamente como a salvação da cidade, e deveria impulsionar enormemente a economia local. Eram até esperadas mais de 2.000 contratações, segundo a reportagem do site Cult of Mac mas nem de longe as expectativas do governador do estado foram correspondidas.
Dos mais de 700 demitidos, 524 serão da linha de produção, 108 de funções técnicas, 70 de cargos de gerência e 25 de posições administrativas. Eles começarão a ser demitidos na próxima terça-feira, quatro dias após o anúncio dos cortes.
A GT Advanced Technologies entrou com um pedido de proteção contra credores no começo deste mês, depois que os novos iPhones foram anunciados sem as praticamente indestrutíveis telas de safira. O material foi usado apenas nos Apple Watches, pois a resistência do produto feito pela empresa não se mostrou tão boa assim em proporções maiores.
De acordo com reportagem da agência Reuters, o pedido foi feito basicamente para fugir do contrato estabelecido pela Apple, que fez a fornecedora assumir um risco no curto prazo em troca de futuras riquezas. No caso, a GT aceitou construir a fábrica em Mesa, mesmo sem que a fabricante do iPhone desse a certeza de que compraria o vidro de safira.
Para erguer a instalação, a companhia recebeu 578 milhões de dólares da Apple, que precisariam ser devolvidos nos próximos cinco anos. Para se recuperar financeiramente, então, foi necessário o pedido de proteção que não salvou o emprego dos funcionários.