Força aérea dos EUA testa uso do Google Glass em batalhas
'A questão é, durante o caos da guerra, como será o desempenho dessa tecnologia?', diz o engenheiro-chefe da Batman
Lucas Agrela
Publicado em 9 de abril de 2014 às 09h57.
A força aérea americana está testando o uso do Google Glass e até mesmo um software exclusivo para batalhas. A equipe de pesquisa chamada de "Batman" da base de Wright Patterson, em Ohio, iniciou a avaliação dos óculos inteligentes e até agora gostou do que viu. O aparelho pode ser usado em missões de busca e salvamento, comunicação do piloto com tropas em terra e até auxiliar no momento de disparar um míssil.
Os pontos positivos apontados pelos pesquisadores são o baixo consumo de energia, o seu design minimalista e o fato de que o gadget não bloqueia a visão de forma alguma, de acordo com Anthony Eastin, 2º tenente e cientista comportamental da equipe Batman que, vale notar, é um acrônimo para Battlefield Air Targeting Man-Aided (K)nowledge, referente a técnicas de batalha aérea.
"Nós fornecemos as soluções para alcançar um ciclo de vida do aviador ideal: treino, equipamento, melhoria e proteção", de acordo com o site oficial da equipe.
O desenvolvedor de softwares Andres Calvo, que também integra o time de pesquisa, afirmou ao Venture Beat que o rápido acesso às informações foi algo que agradou a todos. Entretanto, o Google Glass ainda "não é uma bala de prata para muitas das necessidades da força aérea".
A Batman conta atualmente com duas unidades do Google Glass obtidas por meio do programa Explorer, que ofereceu alguns milhares de exemplares do gadget a desenvolvedores. Além disso, há um programa em fase de desenvolvimento para melhorar o Android OS usado no gadget para o uso da força aérea.
"O Google está quebrando barreiras", afirmou Gregory Burnett, engenheiro-chefe da Batman. "A questão é, durante o caos da guerra, como será o desempenho dessa tecnologia?"
Seis tecnologias que estarão nas guerras do futuro: