Tecnologia

Facebook quer usar até drones como alternativa de acesso

Companhia alegou que planeja utilizar drones, satélites e mesmo Wi-Fi onde apenas as parcerias com as teles para prover acesso móvel não seja suficiente


	Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, abandonou plano com satélites LEO por conta dos elevados custos
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, abandonou plano com satélites LEO por conta dos elevados custos (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 21h47.

São Paulo - Embora tenha declarado por diversas vezes que não é uma provedora de acesso no programa Internet.org, o Facebook estuda alternativas para prover conexão em lugares remotos no Brasil.

Em documento enviado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), assinado pelo diretor de relações institucionais do Facebook no Brasil, Bruno Magrani, a companhia alegou que planeja utilizar drones, satélites e mesmo Wi-Fi onde apenas as parcerias com as teles para prover acesso móvel não seja suficiente.

O projeto pretende oferecer conexão por meio de veículos aéreos não-tripulados (VANTs), ainda que em fase de desenvolvimento. Trata-se de planadores leves que deverão utilizar uma tecnologia chamada de free-space optics para o envio de dados.

De acordo com o Facebook, esse tipo de transmissão pode oferecer "capacidade e banda extremamente altas, comparáveis às redes de fibras óticas terrestres", e com baixo consumo de energia (menor do que sistemas em micro-ondas) por meio de radiação ultravermelha.

Magrani explica que a companhia também estuda oferecer conectividade por meio de satélites de baixa órbita (LEO) e de órbita geoestacionária (GEO).

De acordo com o site The Information, no entanto, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, abandonou tal plano com satélites por conta dos elevados custos: cerca de US$ 1 bilhão, ainda de acordo com o site.

Além disso, o documento enviado ao CGI.br alega que a rede social pretende oferecer acesso por meio de hotspots Wi-Fi, como no projeto-piloto na comunidade de Heliópolis, Zona Sul de São Paulo.

Esse piloto foi anunciado em abril, durante encontro de Zuckerberg com a presidenta Dilma Rousseff no Panamá; à época sem mencionar o Internet.org.

A comunidade já conta com um projeto com o Facebook centrado em oferecer um laboratório de inovação para estimular o empreendedorismo. A inauguração, em março, contou com a presença do ministro da Ciência e Inovação, Aldo Rebelo.

Com operadoras

A rede social também alega estudar acordos com operadoras para diminuir custos para o usuário e aumentar a percepção sobre benefícios da conectividade, mas sem pagar às companhias e sem exclusividade.

O Internet.org pretende oferecer um "pacote de serviços básicos gratuitos" por meio de "uma plataforma aberta a qualquer desenvolvedor ou provedor de conteúdo que atende às diretrizes da plataforma".

Esses requisitos, a empresa ressalta, foram constituídos para que "os serviços estimulem a exploração da Internet como um todo sempre que possível, usem dados de forma muito eficiente; e sigam algumas especificações técnicas".

Segurança

Bruno Magrani reforça que o Internet.org mostra problemas de compatibilidade com configurações de proxy que permitam criptografia ponta a ponta, mas declara que haverá suporte "em qualquer ambiente em que ela seja tecnicamente possível".

Diz ainda que deverá dar suporte em breve à criptografia SSL/TLS no app do projeto para Android.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetInternet móvelRedes sociaisSatélitesTeletimeWi-Fi

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA