Evite o consumo de peixes ameaçados de extinção
É preciso ter cuidado na hora de escolher qual espécie consumir, já que muitas delas estão correndo risco
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 17h56.
Na cultura cristã, durante a Semana Santa - e, mais especificamente, na Sexta-Feira da Paixão - todos devem fazer jejum de carne vermelha.
A tradição aumenta o consumo de peixes e frutos do mar em todos os cantos do mundo e preocupa os ambientalistas, já que, atualmente, muitos pescados estão ameaçados de extinção , por conta da pesca e consumo irresponsável.
Pensando nisso, pesquisadores da Unimonte, em Santos, criaram o Guia de Consumo Sustentável de Pescados, a fim de indicar para o consumidor quais são os peixes que podem estar na mesa na Sexta-Feira da Paixão.
De acordo com o Guia, atum, abadejo, cação e lagosta são algumas das espécies que devem ser evitadas. Devido ao excesso de pesca, elas já estão bem próximas de desaparecer dos nossos mares e, como não deixaram de ser vendidas nas peixarias e supermercados, está nas mãos do consumidor evitar sua extinção.
"Somos nós que regulamos o comércio. Se mudarmos nossos hábitos de consumo, alteraremos também a dinâmica da pesca e espécies que foram exploradas durante décadas serão substituídas por outras não exploradas", disse Carolina Bertozzi, do Projeto Biopesca, que participou da criação do Guia.
Segundo a oceanógrafa, substituir os tipos de peixe da dieta não exige grandes sacrifícios do consumidor.
"Sempre existe uma opção similar. Para os fãs do atum, por exemplo, há espécies de gosto semelhante que podem ser consumidas à vontade, porque são de regiões costeiras e, portanto, mais abundantes. A sororoca e a abrotia são bons exemplos", explicou Bertozzi, que aconselha o consumidor a pedir indicações para os peixeiros, quando for às compras.
Todo excesso é prejudicial
Como ainda existe uma série de opções de pescado que podem ser comprados à vontade, Bertozzi afirma que o ideal é o consumidor diversificar, em vez de comprar sempre a mesma espécie no mercado, ainda que ela não esteja na lista das que correm risco de extinção.
"Foi exatamente o consumo excessivo no passado que colocou algumas espécies em estado de alerta, hoje. As sardinhas, por exemplo, ainda não estão em extinção. Mas, se consumirmos esse peixe de forma exagerada, em um ou dois anos a situação já mudará, para pior. O bom é diversificar", explicou Bertozzi, que afirma que melhor ainda seria se os consumidores adquirissem o hábito de comprar, apenas, pescados de aquicultura, ou seja, criados em fazendas especializadas e, portanto, pescados de forma controlada.
Outros cuidados na hora da compra
Também em função da Semana Santa, todo ano o Ministério da Pesca e da Aquicultura (MPA) lança materiais informativos, como folders e cartilhas, que trazem uma série de dicas para a compra de produtos frescos para comemorar o feriado.
Entre elas estão:
- verificar se a pele do peixe está firme, bem aderida e úmida;
- observar se os olhos estão brilhantes e salientes;
- verificar se as escamas não estão se soltando com facilidade;
- observar se as guelras têm uma coloração entre rosa e vermelho intenso;
- comprar, apenas, mariscos vivos e
- sentir o odor do pescado, que deve ser característico e não repugnante.
Na cultura cristã, durante a Semana Santa - e, mais especificamente, na Sexta-Feira da Paixão - todos devem fazer jejum de carne vermelha.
A tradição aumenta o consumo de peixes e frutos do mar em todos os cantos do mundo e preocupa os ambientalistas, já que, atualmente, muitos pescados estão ameaçados de extinção , por conta da pesca e consumo irresponsável.
Pensando nisso, pesquisadores da Unimonte, em Santos, criaram o Guia de Consumo Sustentável de Pescados, a fim de indicar para o consumidor quais são os peixes que podem estar na mesa na Sexta-Feira da Paixão.
De acordo com o Guia, atum, abadejo, cação e lagosta são algumas das espécies que devem ser evitadas. Devido ao excesso de pesca, elas já estão bem próximas de desaparecer dos nossos mares e, como não deixaram de ser vendidas nas peixarias e supermercados, está nas mãos do consumidor evitar sua extinção.
"Somos nós que regulamos o comércio. Se mudarmos nossos hábitos de consumo, alteraremos também a dinâmica da pesca e espécies que foram exploradas durante décadas serão substituídas por outras não exploradas", disse Carolina Bertozzi, do Projeto Biopesca, que participou da criação do Guia.
Segundo a oceanógrafa, substituir os tipos de peixe da dieta não exige grandes sacrifícios do consumidor.
"Sempre existe uma opção similar. Para os fãs do atum, por exemplo, há espécies de gosto semelhante que podem ser consumidas à vontade, porque são de regiões costeiras e, portanto, mais abundantes. A sororoca e a abrotia são bons exemplos", explicou Bertozzi, que aconselha o consumidor a pedir indicações para os peixeiros, quando for às compras.
Todo excesso é prejudicial
Como ainda existe uma série de opções de pescado que podem ser comprados à vontade, Bertozzi afirma que o ideal é o consumidor diversificar, em vez de comprar sempre a mesma espécie no mercado, ainda que ela não esteja na lista das que correm risco de extinção.
"Foi exatamente o consumo excessivo no passado que colocou algumas espécies em estado de alerta, hoje. As sardinhas, por exemplo, ainda não estão em extinção. Mas, se consumirmos esse peixe de forma exagerada, em um ou dois anos a situação já mudará, para pior. O bom é diversificar", explicou Bertozzi, que afirma que melhor ainda seria se os consumidores adquirissem o hábito de comprar, apenas, pescados de aquicultura, ou seja, criados em fazendas especializadas e, portanto, pescados de forma controlada.
Outros cuidados na hora da compra
Também em função da Semana Santa, todo ano o Ministério da Pesca e da Aquicultura (MPA) lança materiais informativos, como folders e cartilhas, que trazem uma série de dicas para a compra de produtos frescos para comemorar o feriado.
Entre elas estão:
- verificar se a pele do peixe está firme, bem aderida e úmida;
- observar se os olhos estão brilhantes e salientes;
- verificar se as escamas não estão se soltando com facilidade;
- observar se as guelras têm uma coloração entre rosa e vermelho intenso;
- comprar, apenas, mariscos vivos e
- sentir o odor do pescado, que deve ser característico e não repugnante.