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EUA: vazamento ocorreu a partir de cartão de memória

Segundo a Defesa americana, pior vazamento de dados da história do país, foi causado por um cartão usado no Oriente Médio

Cartão de memória da empresa Kingston: armazenador de dados foi pivô de vazamento de informações dos EUA em 2008 (Marcelo Kura/Info EXAME)

Cartão de memória da empresa Kingston: armazenador de dados foi pivô de vazamento de informações dos EUA em 2008 (Marcelo Kura/Info EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2010 às 10h55.

Washington - O vazamento de informações mais grave dos computadores militares dos Estados Unidos foi causado por um cartão de memória inserido em um computador portátil no Oriente Médio em 2008, segundo o subsecretário de Defesa, William Lynn.

Em artigo publicado na revista "Foreign Affairs", o alto cargo do Pentágono assinala que um "código criminoso, colocado no computador por uma agência de inteligência estrangeira que descarregou seu programa em uma rede administrada pelo comando central dos EUA".

O comando central, que tem sua sede em Tampa (Flórida), supervisiona as operações militares do Mar Vermelho ao Golfo e o Sul da Ásia até o Paquistão. A captura de informações foi feita usando um pen drive inserido em um notebook.

"Esse código se propagou, sem ter sido detectado pelos sistemas que controlam os computadores e estabeleceu um acesso a partir do qual foi possível transferir informação a servidores sob controle estrangeiro", detalhou Lynn.

Segundo o artigo, as 15 mil redes e os 7 milhões de computadores, discos de memória e servidores do Pentágono recebem a cada dia milhares de ataques, e ao contrário do que ocorria durante a Guerra Fria, no presente é difícil identificar o atacante.

Em seu artigo, Lynn dá novos detalhes sobre a estratégia do Pentágono incluindo o desenvolvimento de novos métodos para descobrir os invasores na rede.

O artigo de Lynn é o primeiro que divulga, oficialmente, detalhes sobre o incidente em 2008. Já nesse ano um artigo do jornal "The Los Angeles Times", citando funcionários do Pentágono não identificados, indicou que o ataque poderia ter origem na Rússia.

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