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Estudo mostra interferência dos celulares 4G na televisão

Estudo realizado pelo Japão mostra que os parâmetros definidos não asseguram a proteção contra interferências nos sinais de TV

Mulher assistindo televisão: levantamento japonês teve como prioridade assegurar os parâmetros da radiodifusão (Getty Images/Sean Gallup)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 15h03.

São Paulo - Um estudo realizado pelo governo do Japão e pela operadora de telecomunicações japonesa KDD e que será apresentado pelos representantes do setor de radiodifusão à Anatel nesta quarta, dia 8, traz um cenário preocupante em relação à interferência das redes de dados LTE na recepção dos sinais de TV digital.

O estudo, considerado o mais aprofundado e detalhado já realizado sobre o tema até aqui, mostra que os parâmetros definidos pelo 3GPP (organismo responsável pela padronização do LTE e outras tecnologias móveis) não asseguram a proteção contra interferências nos sinais de TV quando existe uma operação na faixa de 700 MHz, onde hoje operam canais de TV.

O estudo foi realizado ao longo de dois anos e inclui apenas testes de laboratório. A novidade é que ele partiu de premissas diferentes daquelas usadas pelo 3GPP, em que a prioridade era garantir a não interferência nos serviços móveis.

O levantamento japonês teve como prioridade assegurar os parâmetros da radiodifusão. A conclusão é de que existe sim um grau preocupante de interferências e que, no caso japonês, as medidas de mitigação (que incluem o uso de filtros nos aparelhos existentes, ajustes nos equipamentos etc.) custariam cerca de US$ 3 bilhões.

Para o Brasil não existem estimativas desse custo, mas o número assustou até mesmo os radiodifusores, que não dimensionavam um problema dessa magnitude. A realidade do mercado permite projetar valores similares para o Brasil, dizem os radiodifusores. O estudo do governo japonês deve ser completado com testes de campo no segundo semestre.

Enquanto isso, a Anatel está convidando os radiodifusores para acompanharem análises de certificação de equipamentos de LTE, mas ainda não existe uma definição sobre um cronograma de testes no Brasil. A íntegra do estudo pode ser obtida na homepage do site Teletime.

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O estudo, considerado o mais aprofundado e detalhado já realizado sobre o tema até aqui, mostra que os parâmetros definidos pelo 3GPP (organismo responsável pela padronização do LTE e outras tecnologias móveis) não asseguram a proteção contra interferências nos sinais de TV quando existe uma operação na faixa de 700 MHz, onde hoje operam canais de TV.

O estudo foi realizado ao longo de dois anos e inclui apenas testes de laboratório. A novidade é que ele partiu de premissas diferentes daquelas usadas pelo 3GPP, em que a prioridade era garantir a não interferência nos serviços móveis.

O levantamento japonês teve como prioridade assegurar os parâmetros da radiodifusão. A conclusão é de que existe sim um grau preocupante de interferências e que, no caso japonês, as medidas de mitigação (que incluem o uso de filtros nos aparelhos existentes, ajustes nos equipamentos etc.) custariam cerca de US$ 3 bilhões.

Para o Brasil não existem estimativas desse custo, mas o número assustou até mesmo os radiodifusores, que não dimensionavam um problema dessa magnitude. A realidade do mercado permite projetar valores similares para o Brasil, dizem os radiodifusores. O estudo do governo japonês deve ser completado com testes de campo no segundo semestre.

Enquanto isso, a Anatel está convidando os radiodifusores para acompanharem análises de certificação de equipamentos de LTE, mas ainda não existe uma definição sobre um cronograma de testes no Brasil. A íntegra do estudo pode ser obtida na homepage do site Teletime.

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