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Estudo do Twitter confirma que o algoritmo tende a cortar negros em fotos

A análise foi realizada após reclamação dos usuários

 (Omar Marques/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

(Omar Marques/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Depois que usuários criticaram o Twitter por perceberem que postagens com imagens frequentemente focavam em outras partes do corpo quando se tratava de uma pessoa negra, a  divisão de engenharia da rede social conduziu um estudo para verificar o que de fato ocorria com o algoritmo que não centralizava rostos de pessoas negras com a mesma frequência que fazia com o de pessoas brancas.

Publicado na quarta-feira, 19, a análise concluiu que algoritmo criava uma diferença de 8% em favor das mulheres e de 4% em relação a pessoas brancas. Entre as razões possíveis para o fenômeno, estão problemas com fundos de imagens e cor dos olhos. Mas no relatório os pesquisadores ponderaram que a falha não se justifica. 

“O corte de imagem baseado em aprendizado de máquina é fundamentalmente falho porque remove a capacidade do usuário e restringe a expressão de sua identidade e seus valores, em vez de impor um olhar normativo sobre qual parte da imagem é considerada a mais interessante”, escreveram os pesquisadores.

Para solucionar a questão, o Twitter recentemente começou a mostrar fotos na íntegra – sem qualquer corte – em seus aplicativos móveis e está tentando ampliar esse esforço. Os pesquisadores também avaliaram se os cortes favoreciam os corpos das mulheres, refletindo o que é conhecido como “olhar masculino”. Mas para isso não houve evidências.

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