Tecnologia

Estudantes desenvolvem telhado que despolui ar

Solução criada por alunos da Universidade da Califórnia reduz em até 97% certos tipos poluentes atmosféricos - e não custa caro

Solução: telhas na cor branca possuem dióxido de titânio, que ajuda a despoluir o ar (Divulgação/ UC Riverside)

Solução: telhas na cor branca possuem dióxido de titânio, que ajuda a despoluir o ar (Divulgação/ UC Riverside)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 14 de junho de 2014 às 08h00.

São Paulo – A poluição atmosférica é um problema que não tem dado sinais de melhora. Estudo recente da ONU mostrou que apenas 12% da população mundial respira um ar de qualidade. Atentos a esta mazela, que atormenta principalmente os centros urbanos, alunos da Universidade da Califórnia em Riverside estão desenvolvendo um telhado que ajuda a despoluir o ar.

Em testes de laboratório, eles revestiram telhas de barro com dióxido de titânio, um composto comum encontrado com facilidade em diversos produtos, de tintas de parede a cosméticos.

As telhas foram colocadas dentro de uma câmara que reproduz o ambiente atmosférico, construída com madeira, tubos de PVC e Teflon.

A câmara foi conectada a uma fonte de óxidos de nitrogênio e um dispositivo que lê as concentrações do poluente, formado quando determinados combustíveis são queimados a temperaturas elevadas, por exemplo pela combustão nos carros.

Eles usaram a luz ultravioleta para simular a luz solar, o que ativa o dióxido de titânio e permite que ele quebre os óxidos de nitrogênio.

O resultado impressiona: as telhas revestida retiraram entre 88% e 97% dos óxidos de nitrogênio.

Segundo a equipe de estudantes, 21 toneladas de óxidos de nitrogênio seriam eliminados diariamente se um milhão de telhados fossem revestidos com a mistura de dióxido de titânio.

Eles também calcularam que custaria apenas US$ 5 para revestir um telhado residencial de médio porte.

Atualmente, existem outras telhas no mercado que ajudam a reduzir a poluição de óxidos de nitrogênio. No entanto, há poucos dados sobre alegações de que eles reduzem a poluição, afirma o grupo.

No mês passado, a pesquisa realizada por Carlos Espinoza, Louis Lancaster, Chun-Yu "Jimmy" Liang, Kelly McCoy, Jessica Moncayo e Edwin Rodriguez  recebeu um prêmio de menção honrosa em concurso de design da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

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