Esta microfazenda vertical quer revolucionar o supermercado
Já imaginou colher suas hortaliças diretamente do pé sem precisar sair da cidade para isso? Conheça a
InFarm
Microfazenda: a InFarm é uma unidade agrícola compacta que traz o campo para dentro do supermercado. (INFARM / Reprodução Youtube)
Vanessa Barbosa
Publicado em 31 de março de 2016 às 17h02.
São Paulo - A ideia é simples: uma pequena instalação para cultivo de hortaliças que garante alimentos orgânicos sempre frescos nos grandes centros urbanos. Mas o objetivo é ambicioso — revolucionar o varejo de alimentos agrícolas no mundo.
A startup InFarm desenvolveu uma pequena unidade para produção eficiente de verduras e ervas que traz o campo para dentro do supermercado e permite ao consumidor conhecer a origem do seu alimento. Em Berlim, funciona a primeira microfazenda vertical da empresa, instalada dentro de uma tradicional rede de supermercados europeia.
Semelhante a uma pequena estufa, a microfazenda foi apelidada de Kräuter Garten (jardim de ervas). Os clientes podem escolher à vontade suas próprias verduras e ervas colhidas diretamente do pé.
Por suas dimensões compactas, ela cabe facilmente em qualquer ponto de venda, estreitando a distância entre o campo e a cidade. Ao dispensar transportes de longa distância, ela também garante um menor impacto ambiental da produção.
INFARM/ Reprodução
Horta no supermercado: clientes podem escolher suas próprias verduras recém-colhidas direto do pé.
Segundo seus criadores, as unidades podem ser configuradas para diferentes culturas, como tomates ou pimentas, e graças a sua natureza vertical, que permite empilhar os cultivos, ela pode produzir bem mais hortaliças por metro quadrado, e tudo isso ocupando pouco espaço.
"Imagine um futuro em que as cidades se tornam autossuficientes na produção de alimentos, onde as fazendas autônomas cultivam produtos frescos a preços acessíveis, eliminando o desperdício e o impacto ambiental", sugere a empresa em seu site.
A redução do desperdício é um dos apelos mais bacanas da empreitada. Para se ter uma ideia, nos países em desenvolvimento, cerca de dois terços dos alimentos são perdidos após a colheita e armazenamento inadequado.
Segundo o site Fast CoExist, o programa piloto da InFarm opera há cerca de seis meses em Berlim, e novas unidades devem ser fabricadas até o final do ano.
Nenhum detalhe foi dado sobre o custo das unidades, mas o co-fundador Guy Galonska comparou o seu modelo de negócio ao modelo da lâmina de barbear, onde vendemos a tecnologia a preços relativamente baixos, em seguida, fornecemos todos os suprimentos e serviços adicionais, como o software, por exemplo."
São Paulo - No Dia do Meio Ambiente, um novo estudo da Onu alerta para o desafio de reduzir o desperdício e a fome mundial, além de satisfazer as necessidades de uma população em rápida expansão. Todos os anos, um terço de toda a comida produzida pelo sistema agrícola global está sendo perdida, indica a pesquisa realizada pelo World Resources Institute (WRI) em parceria com o Programa Ambiental das Nações Unidas (Pnuma).
2. 1,3 bilhão de toneladas
2 /15(Getty Images)
Ou um terço da produção total dealimentosno mundo vai parar no lixo. Em termos de calorias, uma a cada quatro calorias produzidas são perdidas.
3. Quase 1 bilhão de famintos
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Enquanto isso, 870 milhões de pessoas passam fome e, a cada dia, mais de 20 mil crianças menores de 5 anos morrem de fome. Segundo a ONU, 26% das crianças em todo o mundo são consideradas raquíticas por desnutrição.
4. Até US$ 2,1 trilhões
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Os custos com a desnutrição no mundo são estimados em 2% a 3% do PIB global, o equivalente à quantia de US$ 1,4 a US$ 2,1 trilhões por ano, segundo a FAO.
5. 44 % de frutas e vegetais
5 /15(Getty Images)
Dos 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados, 44% é composto de frutas e vegetais, os produtos que mais vão pro lixo. Em seguida, aparecem raízes e tubérculos, compondo 20% das perdas; cereais com 19% e leite, com 8%.
6. Um México no lixo
6 /15(Damien Meyer/AFP)
O desperdício de comida significa também desperdício de recursos naturais, contribuindo assim para impactos ambientais negativos. Hoje, a produção global de alimentos ocupa 25% de toda a terra habitável do mundo. A quantidade de terras cultiváveis usada para produzir comida desperdiçada é equivalente ao tamanho do México.
7. 70 milhões de piscinas olímpicas
7 /15(Getty Images)
A agricultura consome 70% de toda água usada no mundo. Somando todo o volume usado para produzir os alimentos que são desperdiçados a cada ano dá para encher 70 milhões de piscinas olímpicas.
8. 50% (e mais um pouco)
8 /15(Getty Images)
Mais da metade do desperdício de alimentos na Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália ocorre na fase do consumo. Juntos, os países ricos são responsáveis por 56% de todo o desperdício.
9. Dois terços
9 /15(Getty Images)
Enquanto nos países em desenvolvimento, cerca de dois terços da comida é perdida após a colheita e armazenamento inadequado. Melhorar a eficiência nessa etapa é fundamental pata reduzir as perdas.
10. US$ 48.3 bilhões
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Só nos Estados Unidos, 30% de toda a comida produzida no país é desperdiçada todos os anos, uma perda equivalente a 48.3 bilhões de dólares. Os segundos maiores componentes de lixões do país são resíduos orgânicos, que resultam na maior parte das emissões de metano.
11. Mais de US$ 1000 por família
11 /15(Getty Images)
O desperdício de alimentos na fase de consumo custa uma média de US$ 1.600 dólares por ano para uma família de quatro pessoas nos Estados Unidos e US$ 1 mil por ano para uma família média no Reino Unido.
12. US$ 4 bilhões em perdas
12 /15(Getty Images)
Na África Subsaariana, onde muitos agricultores ganham menos que US$ 2 por dia de trabalho, as perdas econômicas associadas à pós-colheita ineficiente têm um valor estimado de US$ 4 bilhões.
13. Até 2050
13 /15(Adalberto Roque/AFP)
Segundo a ONU, o mundo vai precisar de cerca de 60 por cento mais calorias dos alimentos em 2050 em comparação a 2006, se a demanda global mantiver sua trajetória atual de crescimento.
14. 26,3 milhões de toneladas
14 /15(Getty Images)
O desperdício de alimento no Brasil é estimado em 26,3 milhões de toneladas. Cerca de 10% desse total se perdem ainda no campo, outros 50% se dá no tranporte e manuseio, e 10% da perda acontece na fase de consumo.