Empresas de notícias online impulsionam setor em crise
Relatório mostrou que empreendimentos digitais criam modelos diferentes para a difusão de notícias, trazendo esperança para um setor em crise
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2014 às 18h33.
As empresas de notícias online geraram mais de cinco mil postos de trabalho nos Estados Unidos nos últimos anos, impulsionando um setor que está se ajustando às mudanças tecnológicas, revelou um estudo nesta quarta-feira.
O relatório do Pew Research Center mostrou que esses empreendimentos digitais, como " The Huffington Post " e "BuzzFeed", criam modelos diferentes para a difusão de notícias, trazendo esperança para um setor em crise.
O aumento nas redações online compensou apenas em parte, porém, as demissões nos meios tradicionais, estimadas em mais de 16 mil postos de trabalho nos jornais e 38 mil nas revistas, entre 2003 e 2012.
O instituto ressaltou que a maioria dos jornalistas do setor digital ainda trabalha em jornais. E o emprego nos diários caiu 6,4% em 2012, com mais perspectiva de queda em 2013.
Mas o estudo destacou alguns casos importantes de esforços de produção jornalística em plataformas digitais, estimulados pela brecha causada pela falta de recursos nos meios tradicionais.
Embora os jornais não tenham ganhado muito dinheiro com suas edições digitais, algumas empresas têm conseguido fugir do modelo baseado na publicidade, recebendo apoio de filantropos e investidores de risco, entre outras alternativas, como a realização de conferência e eventos. Os sites de notícias, que registram cerca de 60 bilhões de acessos anuais, têm 70% dos seus ganhos vindos da publicidade.
O texto alerta, entretanto, que "esse investimento cada vez maior nas notícias digitais não significa que a indústria descobriu uma fórmula uniforme para monetizar as notícias".
Queda de audiência na televisão
O Pew também detectou que 50% dos usuários de redes sociais compartilham notícias, imagens ou vídeos; e 46% debatem notícias, ou eventos. E mais de 10% dos consumidores de noticiário online já publicaram conteúdo próprio em sites, ou blogs.
Em 2013, o instituto encontrou menos estações de televisão produzindo notícias locais do que no ano anterior. Somente 25% dos 952 canais americanos produzem os programas que transmitem. Além disso, na TV por assinatura, a audiência das três principais redes de notícias (CNN, Fox News e MSNBC) no horário nobre caiu 11%, chegando ao seu nível mais baixo desde 2007.
Segundo o Pew, as 30 maiores empresas de notícias digitais juntam três mil postos de trabalho e investem muito em coberturas internacionais. Enquanto isso, o número de correspondentes dos jornais caiu 24% entre 2003 e 2010.
Os sites com maior cobertura estrangeira são o "Vice Media", que tem 35 escritórios pelo mundo, e "The Huffington Post", que pretende chegar a algo entre 11 e 15 neste ano, além do "BuzzFeed" e do "Quartz".
As empresas de notícias online geraram mais de cinco mil postos de trabalho nos Estados Unidos nos últimos anos, impulsionando um setor que está se ajustando às mudanças tecnológicas, revelou um estudo nesta quarta-feira.
O relatório do Pew Research Center mostrou que esses empreendimentos digitais, como " The Huffington Post " e "BuzzFeed", criam modelos diferentes para a difusão de notícias, trazendo esperança para um setor em crise.
O aumento nas redações online compensou apenas em parte, porém, as demissões nos meios tradicionais, estimadas em mais de 16 mil postos de trabalho nos jornais e 38 mil nas revistas, entre 2003 e 2012.
O instituto ressaltou que a maioria dos jornalistas do setor digital ainda trabalha em jornais. E o emprego nos diários caiu 6,4% em 2012, com mais perspectiva de queda em 2013.
Mas o estudo destacou alguns casos importantes de esforços de produção jornalística em plataformas digitais, estimulados pela brecha causada pela falta de recursos nos meios tradicionais.
Embora os jornais não tenham ganhado muito dinheiro com suas edições digitais, algumas empresas têm conseguido fugir do modelo baseado na publicidade, recebendo apoio de filantropos e investidores de risco, entre outras alternativas, como a realização de conferência e eventos. Os sites de notícias, que registram cerca de 60 bilhões de acessos anuais, têm 70% dos seus ganhos vindos da publicidade.
O texto alerta, entretanto, que "esse investimento cada vez maior nas notícias digitais não significa que a indústria descobriu uma fórmula uniforme para monetizar as notícias".
Queda de audiência na televisão
O Pew também detectou que 50% dos usuários de redes sociais compartilham notícias, imagens ou vídeos; e 46% debatem notícias, ou eventos. E mais de 10% dos consumidores de noticiário online já publicaram conteúdo próprio em sites, ou blogs.
Em 2013, o instituto encontrou menos estações de televisão produzindo notícias locais do que no ano anterior. Somente 25% dos 952 canais americanos produzem os programas que transmitem. Além disso, na TV por assinatura, a audiência das três principais redes de notícias (CNN, Fox News e MSNBC) no horário nobre caiu 11%, chegando ao seu nível mais baixo desde 2007.
Segundo o Pew, as 30 maiores empresas de notícias digitais juntam três mil postos de trabalho e investem muito em coberturas internacionais. Enquanto isso, o número de correspondentes dos jornais caiu 24% entre 2003 e 2010.
Os sites com maior cobertura estrangeira são o "Vice Media", que tem 35 escritórios pelo mundo, e "The Huffington Post", que pretende chegar a algo entre 11 e 15 neste ano, além do "BuzzFeed" e do "Quartz".