E se o Facebook fosse um país?
País de Mark Zuckerberg teria três vezes o tamanho dos Estados Unidos e quatro vezes a população do Brasil
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h17.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h27.
São Paulo - Se o Facebook fosse um país, a abertura de capital que ele está prestes a fazer seria uma espécie de abertura ao capital estrangeiro após anos de economia fechada? Quantos habitantes ele teria? Qual seria o perfil médio desta população? E as principais atividades econômicas da nação? Este exercício de imaginação ajuda a perceber as dimensões impressionantes da rede social criada por Mark Zuckerberg . Com mais de 845 milhões de usuários, se o Facebook fosse um território físico, ele teria cerca de 26,4 milhões de quilômetros quadrados, uma população com idade média entre 23 e 49 anos, e mais de 70 idiomas oficiais. Estas e outras curiosidades sobre o país Facebook estão nas fotos ao lado.
Os Estados Unidos, país onde está sediado o Facebook, tem uma densidade demográfica de aproximadamente 32 habitantes por quilômetro quadrado. Tomando este número como parâmetro e o fato de que a rede social de Mark Zuckerberg tem cerca de 845 milhões de usuários ativos no mundo, se o Facebook fosse um país, o território necessário para acomodar esta população com a mesma densidade teria 26,4 milhões de quilômetros quadrados, quase três vezes o tamanho dos Estados Unidos.
Se o Facebook fosse um país, seria a terceira nação mais populosa do mundo. Com mais de 845 milhões de “habitantes” (número de usuários ativos da rede em dezembro de 2011), perderia apenas para a China, com 1,3 bilhão de habitantes, e Índia, com 1,2 bilhão. O país teria quase o triplo da população dos Estados Unidos (312 milhões) e quatro vezes o número de pessoas que vivem no Brasil (192 milhões, segundo a última atualização do IBGE).
De acordo com uma pesquisa feita pela ONG norte-americana Pew Research Centre em 2010, o “país Facebook” tem uma população jovem: a faixa etária média é entre 23 e 49 anos (58% dos usuários). Além disso, predominam as mulheres: 56% dos usuários da rede social são do sexo feminino.
O Facebook tem mais de 70 línguas oficiais, incluindo algumas que nenhum país adotou, como o “inglês de pirata” e o “inglês invertido”. Apesar da diversidade, o país de Mark Zuckerberg ainda ficaria distante de nações como a Papua New Guiné, onde se falam 820 línguas ou da Indonésia e da Nigériam que tem, respectivamente, 742 e 516 idiomas e dialetos convivendo em seus territórios.
Com uma receita de 3,7 bilhões de dólares em 2011, o Facebook estaria bem distante do PIB dos países mais ricos do mundo. Mesmo assim, estaria à frente de pelo menos 40 outras economias reais, como Somália, Togo e Timor Leste. Levando em consideração a “superpopulação” de 845 milhões de “pessoas”, no entanto, o país Facebook seria miserável: teria uma renda per capta de 4,3 dólares, bem inferior à do Tuvalu – último país nos rankings do FMI e do Banco Mundial, com renda per capta inferior a 31 dólares. E o pior: seria um país muito, mas muito desigual, já que toda a riqueza estaria concentrada nas mãos dos acionistas.
Com um papel importante em eventos como as eleições do presidente norte-americano e os levantes que levaram à queda de governos no mundo árabe, o Facebook seria um influente ator em termos geopolíticos. O país também estaria entre os mais globalizados do mundo, já que mais de 80% dos usuários vêm de fora dos Estados Unidos, “local de origem” da rede.
Se o Facebook fosse um país, ele teria uma economia razoavelmente diversificada. Um dos pontos fortes seria a produção de commodities, principalmente as agrícolas. Com uma média de 36 milhões de usuários por mês, o Farmville é um dos jogos mais populares da rede social. Nele, os habitantes do país Facebook mostram sua habilidade para criar e administrar uma fazenda com plantações de diversos tipos de legumes e verduras. Outras indústrias promissoras seriam a da construção civil e a da arquitetura, urbanismo e planejamento urbano. Quase 75 milhões de “profissionais” constroem e administram cidades no Cityville, com a meta de transformar pequenos aglomerados em metrópoles com as características que os cidadãos consideram ideais. A indústria bélica também não ficaria de fora. Cerca de 39 milhões de usuários do Facebook criam suas bases militares para treinar soldados que defenderão seus territórios. Estas são as atividades dos jogadores do Empires & Allies.