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Drones alçam voo civil e se instalam na paisagem mundial

Até o momento relegados ao uso militar, os drones chegaram ao mundo civil com diversos usos

Drone de uso civil realiza voo na França: setor dos drones deve explodir mundialmente, de maneira simultânea, com a abertura das regulamentações (Jean Pierre Muller/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 12h18.

Paris - Os drones civis foram descobertos pelo grande público em 2014 e, depois do barulho causado na mídia por este setor em desenvolvimento, cada vez mais se torna presente no cotidiano de pessoas comuns.

"O setor dos drones deve explodir mundialmente, de maneira simultânea, com a abertura das regulamentações", estima Emmanuel de Maistre, fundador da Redbird, uma start-up francesa que trabalha com drones com fins industriais.

Até o momento relegados ao uso militar, os drones chegaram ao mundo civil com diversos usos - abrindo novas perspectivas, que vão além da simples captura de imagens.

Eles foram a sensação como presente de Natal este ano.

Leves, macios e fáceis de utilizar, os drones oferecem desempenhos frequentemente melhores do que os obtidos com meios tradicionais (helicópteros, aviões leves, satélites) e "podem ajudar a produzir mais e melhor e, em certos casos, mais barato", avalia a Academia do Ar e do Espaço (AAE).

Na interseção de caminhos entre a aeronáutica civil e a tecnologia de ponta, o uso dos drones é regulamentado pelas autoridades de segurança aérea, embora ofereçam mais novidades tecnológicas do que aeronáuticas.

"Você encontra em um drone tudo o que tem no seu smartphone", explica Emmanuel de Maistre.

O público geral descobriu o uso dos drones durante a cobertura de eventos da atualidade, esportivos e culturais, vistos por novos ângulos graças às imagens aéreas inéditas que eles oferecem.

É especialmente graças a estes "pássaros-robôs" que os meios de comunicação internacionais cobriram acontecimentos como a praça Maidan, em Kiev, ou o Tour de France. No Canadá, faculdades de jornalismo agora dão aulas de reportagens filmadas com a ajuda de drones.

Empresas como a Parrot chegaram ao mercado com drones-câmeras voadores pilotados com a ajuda de um smartphone, segmento que interessa a fabricante de câmeras esportivas norte-americana GoPro.

No momento, o mercado continua engatinhando - cerca de 500 milhões de euros na Europa - longe dos números estimados pela Associação Americana de Fabricantes de Drones (AUVSI). A associação avalia um potencial de criação de 100.000 empregos e 82 bilhões de dólares de lucro em dez anos nos Estados Unidos.

Graças à legislação de 2012, a França tornou-se pioneira no mercado de drones, com um quadro favorável ao desenvolvimento em que despontam figuras como Redbird.

Entre os franceses, o setor emprega cerca de 3.000 pessoas, essencialmente em pequenas empresas especializadas em captura de imagens (90% do mercado atual), movimentando entre 50 a 100 milhões de euros.

Legislação esperada nos EUA

A Redbird vai mais longe, oferecendo a grupos industriais ou mineradores dados para otimizar a exploração de suas redes e mercados, ou permitindo à agricultura aprimorar o uso de agrotóxicos - preservando, assim, o meio ambiente.

Os drones são, principalmente, ferramentas de captura de informação, por isso o interesse de atores do mundo digital, como Amazon, Google ou Facebook, que causaram frisson ao anunciar experiências de entrega em domicílio com o auxílio de drones.

Uma perspectiva dificilmente tangível por ora, tendo em vista as legislações atuais, que proíbem o sobrevoo de zonas residenciais, o voo noturno e impõem "zonas de não-voo" nos arredores de aeroportos.

Segundo os empresários da área, estes anúncios aumentam o lobby para a adoção, em 2015, de uma legislação sobre o uso privado de drones nos Estados Unidos, o que deve dar um grande pontapé nos negócios.

O sócio-fundador da Amazon, Jeff Bezos, avalia que o principal obstáculo dos Estados Unidos não é tecnológico, mas "regulamentar".

A Federal Aviation Authority (FAA) lançou em 2013 uma experiência sobre os drones em seis regiões americanas, e prevê integrar 7.500 mini-drones nos céus americanos até 2018.

Os drones levantam muitas questões, ilustradas por dois incidentes envolvendo aviões de passageiros em 2014, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, colocando em evidência a necessidade de melhores regras e maior formação para os pilotos de drones.

Os drones também suscitam questões em termos de privacidade, já que permitem capturar e conservar imagens pessoais.

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Paris - Os drones civis foram descobertos pelo grande público em 2014 e, depois do barulho causado na mídia por este setor em desenvolvimento, cada vez mais se torna presente no cotidiano de pessoas comuns.

"O setor dos drones deve explodir mundialmente, de maneira simultânea, com a abertura das regulamentações", estima Emmanuel de Maistre, fundador da Redbird, uma start-up francesa que trabalha com drones com fins industriais.

Até o momento relegados ao uso militar, os drones chegaram ao mundo civil com diversos usos - abrindo novas perspectivas, que vão além da simples captura de imagens.

Eles foram a sensação como presente de Natal este ano.

Leves, macios e fáceis de utilizar, os drones oferecem desempenhos frequentemente melhores do que os obtidos com meios tradicionais (helicópteros, aviões leves, satélites) e "podem ajudar a produzir mais e melhor e, em certos casos, mais barato", avalia a Academia do Ar e do Espaço (AAE).

Na interseção de caminhos entre a aeronáutica civil e a tecnologia de ponta, o uso dos drones é regulamentado pelas autoridades de segurança aérea, embora ofereçam mais novidades tecnológicas do que aeronáuticas.

"Você encontra em um drone tudo o que tem no seu smartphone", explica Emmanuel de Maistre.

O público geral descobriu o uso dos drones durante a cobertura de eventos da atualidade, esportivos e culturais, vistos por novos ângulos graças às imagens aéreas inéditas que eles oferecem.

É especialmente graças a estes "pássaros-robôs" que os meios de comunicação internacionais cobriram acontecimentos como a praça Maidan, em Kiev, ou o Tour de France. No Canadá, faculdades de jornalismo agora dão aulas de reportagens filmadas com a ajuda de drones.

Empresas como a Parrot chegaram ao mercado com drones-câmeras voadores pilotados com a ajuda de um smartphone, segmento que interessa a fabricante de câmeras esportivas norte-americana GoPro.

No momento, o mercado continua engatinhando - cerca de 500 milhões de euros na Europa - longe dos números estimados pela Associação Americana de Fabricantes de Drones (AUVSI). A associação avalia um potencial de criação de 100.000 empregos e 82 bilhões de dólares de lucro em dez anos nos Estados Unidos.

Graças à legislação de 2012, a França tornou-se pioneira no mercado de drones, com um quadro favorável ao desenvolvimento em que despontam figuras como Redbird.

Entre os franceses, o setor emprega cerca de 3.000 pessoas, essencialmente em pequenas empresas especializadas em captura de imagens (90% do mercado atual), movimentando entre 50 a 100 milhões de euros.

Legislação esperada nos EUA

A Redbird vai mais longe, oferecendo a grupos industriais ou mineradores dados para otimizar a exploração de suas redes e mercados, ou permitindo à agricultura aprimorar o uso de agrotóxicos - preservando, assim, o meio ambiente.

Os drones são, principalmente, ferramentas de captura de informação, por isso o interesse de atores do mundo digital, como Amazon, Google ou Facebook, que causaram frisson ao anunciar experiências de entrega em domicílio com o auxílio de drones.

Uma perspectiva dificilmente tangível por ora, tendo em vista as legislações atuais, que proíbem o sobrevoo de zonas residenciais, o voo noturno e impõem "zonas de não-voo" nos arredores de aeroportos.

Segundo os empresários da área, estes anúncios aumentam o lobby para a adoção, em 2015, de uma legislação sobre o uso privado de drones nos Estados Unidos, o que deve dar um grande pontapé nos negócios.

O sócio-fundador da Amazon, Jeff Bezos, avalia que o principal obstáculo dos Estados Unidos não é tecnológico, mas "regulamentar".

A Federal Aviation Authority (FAA) lançou em 2013 uma experiência sobre os drones em seis regiões americanas, e prevê integrar 7.500 mini-drones nos céus americanos até 2018.

Os drones levantam muitas questões, ilustradas por dois incidentes envolvendo aviões de passageiros em 2014, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, colocando em evidência a necessidade de melhores regras e maior formação para os pilotos de drones.

Os drones também suscitam questões em termos de privacidade, já que permitem capturar e conservar imagens pessoais.

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