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Crianças americanas sofrem cada vez mais com alergias

Segundo relatório do governo, os pequenos que vivem em famílias "mais cuidadosas" são os mais afetados

Criança comendo: as alergias alimentares também tiveram alta
 (John Moore/AFP)

Criança comendo: as alergias alimentares também tiveram alta (John Moore/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 13h00.

Washington - Crianças americanas sofrem cada vez mais com alergias, e as que vivem em famílias "mais cuidadosas" são especialmente afetadas, segundo um relatório do governo americano.

As alergias na pele, como eczemas, registraram o maior avanço na última década, passando de 7,4% em 1997-1999 a 12,5% no período 2009-2011, segundo o documento do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde Pública (NCHS) em menores de 17 anos.

As alergias alimentares também registraram alta no período e passaram de 3,4% a 5,1%.

A taxa de alergias respiratórias permaneceu constante e, entre elas, a febre do feno (rinite alérgica) continua sendo a alergia mais comum na infância (17%).

Uma alergia é uma reação exagerada a substâncias que o sistema imunológico deveria considerar inofensivas, como o pólen, leite ou amendoim.

Alguns especialistas acreditam que o aumento das alergias nos Estados Unidos e em outras partes do mundo desenvolvido é motivado pelo aumento da higiene pessoal, que elimina os germes. Assim, a falta de estímulo infeccioso do sistema imunológico nas crianças pequenas impede o desenvolvimento de suas defesas para lutar contra bactérias e vírus.


O estudo do NCHS destaca que as crianças latinas nos Estados Unidos são menos propensas a sofrer enfermidades alérgicas.

Os cientistas também descobriram que a prevalência das alergias aos alimentos e respiratórias aumenta de acordo com a renda.

"As crianças que vivem em uma família com renda igual ou superior a 200% da linha de pobreza têm a maior taxa de prevalência", afirma o relatório.

Entre as crianças abaixo da linha da pobreza, 4,4% sofriam alguma alergia aos alimentos e 14,9% tinham alguma alergia respiratória.

Nas famílias com maior renda, 5,4% das crianças sofriam de alergia aos alimentos e 18,3% tinham alguma alergia respiratória.

O documento não demonstra diferenças significativas entre as alergias da pele e a renda.

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