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Criador do American Idol atinge marco no iTunes

Em um momento de crise na indústria da música gravada, Simon Fuller já vendeu 160 milhões de canções no iTunes

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 18h33.

São Paulo - Simon Fuller, o criador do programa American Idol, atingiu um marco musical digital nesta segunda-feira e disse que procura a próxima grande novidade no entretenimento global na internet e outras plataformas digitais.

Em um momento de crise na indústria da música gravada, o catálogo de cantores de Fuller - que inclui as vencedoras do Idol Kelly Clarkson e Carrie Underwood, a cantora britânica Annie Lennox e a banda Spice Girls - já vendeu 160 milhões de canções no iTunes, informou sua empresa de gerenciamento de artistas 19 Entertainment.

Fred Bronson, da Billboard, qualificou de "histórico" o marco de 160 milhões de canções vendidas por Fuller no iTunes, em uma década marcada pela queda das vendas de álbuns físicos e a ascensão das vendas digitais, mais baratas.

"Fuller é sem dúvida o maior administrador da era digital", disse Bronson.

O empreendedor britânico formou uma parceria de American Idol com iTunes quando a loja de música da Apple foi lançada, em 2003, compreendendo seu potencial de capitalizar sobre o sucesso do concurso de cantores na TV e sobre as dezenas de milhões de fãs que acompanham o programa semanalmente.

"Senti que existia uma sinergia real entre o que eu faço, que é lançar novos artistas e programas de TV, e o que a iTunes faz, que é vender música de maneira imediata e interativa", disse Fuller.

De acordo com o grupo IFPI, representativo da indústria gravadora mundial, as vendas físicas de música tiveram queda global de 12,7% em 2009, enquanto as vendas digitais subiram 9,2%, para 4,3 bilhões de dólares - mais de 10 vezes o valor do mercado musical digital em 2004.


Pensando globalmente 
Fuller, que completa 50 anos em junho, disse que a velocidade das transformações provocou choque na indústria musical, mas expressou esperanças para o futuro.

"O futuro vai girar em torno da convivência entre os mundos digital e físico", disse ele.

"Acho que a música ficará muito bem no longo prazo. Mas no curto prazo, como estamos vendo, tudo é caos e anarquia. Precisamos reinventar aquela interação entre o consumidor e o conteúdo que criamos, na música, na televisão e no cinema."

Lucian Grainge, presidente do Universal Music Group International, disse que a distribuição digital se enquadra bem com a estratégia de entretenimento global de Fuller.

"As plataformas digitais atuais para a venda de música e para chegar aos consumidores em todo o mundo significam simplesmente que o mundo pertence a gente como Simon", disse Grainge.

Steve Knopper, autor do livro de 2009 Appetite for Self-Destruction: The Spectacular Crash of the Record Industry in the Digital Age (Sede de autodestruição - a queda espetacular da indústria de discos na era digital), disse que, embora as vendas de álbuns tradicionais estejam caindo, a música se encontra em boa forma.

"As coisas que American Idol vem fazendo e a maneira como Simon Fuller vem vendendo a franquia digitalmente e de outros modos indica que a música pop está muito forte neste momento", disse Knopper.

"Eles já estão cumprindo uma função importante para as gravadoras, ao apresentar a música pop ao público de maneira maciça."

Para o futuro, Fuller está apostando em entretenimento global baseado na internet. Em março ele lançou seu projeto de TV-realidade multimídia e interativo If I Can Dream, que acompanha um grupo de candidatos a cantores, dançarinos e atores que vivem juntos em uma casa ao estilo de Big Brother enquanto tentam encontrar uma maneira de penetrar em Hollywood. 

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