A transmissão da Copa em alta definição vai exigir a instalação de muitos quilômetros de cabos de fibra óptica (Fábio Borges/VIPCOMM)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 11h21.
São Paulo -- A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 devem impulsionar consideravelmente o mercado de fibras ópticas no País. É o que prevê Foad Shaikhzadeh, presidente da Furukawa do Brasil. “Deve haver um crescimento da demanda por fibras no Brasil de 10% nos próximos anos, com um pico em 2011”, disse ele na segunda-feira, 2, num evento em Comandatuba, Bahia.
E essa demanda local, segundo ele, é de 3 a 4 milhões de quilômetros de fibras ópticas. Em cabos, isso significa 30 mil quilômetros nos próximos cinco anos, cerca de 6 mil por ano, e 75% do mercado sulamericano.
As aplicações que impulsionarão esse crescimento serão os linhas de comunicação de longa distância (backbones e redes metropolitanas), data centers e a massificação das TVs digitais com o advento da Copa e das Olimpíadas. “Somos um dos principais fornecedores da Oi na reforma do Mineirão (estádio de Minas Gerais e uma das subsedes da Copa) e de algumas outras praças também, de que não posso falar (por causa dos contratos de confidencialidade)”, disse.
De acordo com o executivo, os eventos esportivos contam com uma “demanda visível”, que é a estrutura local do estádio e seus arredores; e uma invisível, a preparação dos municípios para a transmissão de imagens digitais e em alta definição dos jogos. “Se não houver uma rede parruda, por mais tecnologia que exista, as emissoras de TV e a Internet irão se congestionar”, acrescentou.