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Cientistas descobrem como desativar arma química em minutos

Equipe de cientistas americanos desenvolveu um novo composto que consegue neutralizar armas químicas em questão de alguns minutos


	Armas químicas: produzida por bactérias, essas proteínas conseguem desativar pesticidas em milissegundos
 (Getty Images)

Armas químicas: produzida por bactérias, essas proteínas conseguem desativar pesticidas em milissegundos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 09h21.

Uma equipe de cientistas americanos desenvolveu um novo composto que consegue neutralizar armas químicas em questão de alguns minutos.

O grupo de pesquisadores da universidade Northwestern, nos Estados Unidos, se inspirou nas enzimas conhecidas como fosfotriesterases. Produzida por bactérias, essas proteínas conseguem desativar pesticidas em milissegundos.

Porém, essas enzimas são muito volatéis, ou seja, suas ligações químicas se quebram de forma muito simples. Dessa forma, também perdem facilmente sua capacidade de interromper o efeito de compostos químicos perigosos.

Os pesquisadores tentaram reproduzir os mesmos efeitos da enzima ao criar um catalizador sintético que gera ligações químicas entre diferentes materiais.

Na enzima, dois átomos de zinco estimulam a união do pesticida com outros elétrons. Assim que essa conexão acontece, ela gera um processo de hidrólise: uma molécula de água quebra as ligações químicas do agente, neutralizando seus efeitos.

Os cientistas americanos desenvolvendo um catalizador sintético com uma estrutura química semelhante, substituindo os átomos de zinco por zircônio, mais estável.

Nos testes publicados pela revista Nature Materials, a equipe usou o catalizador para desativar um pesticida com efeitos parecidos com o de uma bomba de gás nervoso.

As experiências mostraram que o novo composto desativou metade do pesticida em 15 minutos.

Outros testes, realizados pelo Exército americano, revelaram que o composto neutraliza metade do agente nervoso GD (mais forte do que o gás Sarin) em três minutos, cerca de 80 vezes mais rápido que compostos similares.

As fosfotriesterases, porém, são 100 mil vezes mais eficientes do que o NU-100, como o novo composto foi batizado.

A equipe da Northwestern ainda quer entender como tornar a enzima menos volátil, facilitando sua manipulação e posterior aplicação.

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