Foguete: o CZ-5 é o último integrante da família de foguetes Longa Marcha (China Daily/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de novembro de 2016 às 14h03.
Última atualização em 8 de junho de 2020 às 14h40.
Pequim - A China lançou nesta quinta-feira ao espaço seu novo foguete propulsor, o Longa Marcha CZ-5, o de maior tamanho até o momento e que fará parte da família de lançadores espaciais mais potentes já fabricados pelo país asiático.
O novo foguete decolou às 20h43 locais (10h43 de Brasília) do centro de lançamento espacial de Wenchang, na ilha de Hainan, no sul do país, publicou hoje a agência oficial "Xinhua".
O CZ-5, com o qual Pequim acredita que poderá realizar futuras missões mais ambiciosas no espaço que as já empreendidas até agora, sofreu vários atrasos em seu desenvolvimento devido a muitos problemas tecnológicos e de engenharia, conforme destacou o jornal "South China Morning Post".
Os Longa Marcha, foguetes propulsores convencionais chineses, foram utilizados pelo país asiático para levar ao espaço missões tripuladas e de exploração lunar, entre outras.
Um foguete Longa Marcha-2F foi o responsável por impulsionar ao espaço no dia 17 de outubro a nave Shenzhou-11 com dois astronautas a bordo, com o objetivo de acoplá-la ao laboratório Tiangong-2 para uma missão de 33 dias.
O lançamento de hoje faz parte dos preparativos da China para estabelecer uma estação permanente ao redor da Terra por volta de 2022.
O CZ-5 é o último integrante da família de foguetes Longa Marcha, cujo primeiro exemplar foi lançado ao espaço em 1970.
Além disso, o programa chinês lançará ao espaço em dezembro um novo modelo de foguete propulsor, o Kuaizhou-1, que será mais barato e de instalação mais rápida que os atuais, informou um porta-voz da companhia encarregada do projeto na Feira Internacional da Aviação de Zhuhai, no sul do país.
Ao contrário dos Longa Marcha, o Kuaizhou-1 poderá ser lançado ao espaço de plataformas móveis e necessita de um tempo menor de preparação.
Com a exploração espacial transformada em prioridade nacional, este ano o país asiático acumulará um número recorde de 20 missões espaciais, dentro de um programa que o governo chinês afirma ter fins exclusivamente civis, diante das suspeitas de países como os EUA de que o mesmo tenha objetivos militares.