China diz que acusação sobre hackers não tem prova técnica
Segundo o Ministério de Defesa da China, acusações feitas por uma empresa de segurança de computação norte-americana são falhas cientificamente
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 15h31.
Pequim - As acusações feitas por uma empresa de segurança de computação dos EUA alegando que uma unidade militar secreta chinesa provavelmente está por trás de uma série de ataques hackers são falhas cientificamente e, portanto, não confiáveis, disse nesta quarta-feira o Ministério de Defesa da China.
A declaração aconteceu após a Casa Branca ter dito durante a noite que o governo do presidente Barack Obama tem repetidamente levado suas preocupações sobre ataques digitais aos mais altos níveis do governo chinês, inclusive aos militares chineses.
A empresa de segurança norte-americana Mandiant identificou a Unidade 61398 do Exército da Libertação do Povo, com sede em Xangai, como a força motriz mais provável por trás dos ataques de hackers. A Mandiant disse acreditar que a unidade tenha realizado ataques "sustentados" contra uma ampla gama de indústrias .
O Ministério da Defesa chinês, que já havia negado as acusações, foi mais longe em uma nova declaração, acusando a Mandiant de confiar em dados espúrios.
"O relatório, ao confiar apenas em links de endereços IP para chegar a uma conclusão de que os ataques de hackers partiram da China, carece de prova técnica", disse o ministério em comunicado em seu site.
"Todo mundo sabe que o uso de endereços IP usurpados para realizar ataques de hackers acontece em uma base quase diária", acrescentou.
"Em segundo lugar, ainda não há uma definição clara internacionalmente unificada sobre o que consiste em um 'ataque hacker'. Não há nenhuma evidência legal por trás do relatório subjetivamente induzindo que a concentração diária online (de informações) seja espionagem online." Como a pirataria online é um fenômeno transnacional, anônimo e escondido por sua própria natureza, é difícil descobrir exatamente onde os ataques se originam, disse o comunicado.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hong Lei, perguntado sobre as conversas entre EUA e China a respeito das preocupações norte-americanas com hackers, disse: "A China e os EUA têm mantido comunicação sobre a questão relevante".
A Unidade 61398 fica no bairro de Pudong, polo bancário e financeiro da China, e lá trabalham talvez milhares de pessoas fluentes em inglês, além de programadores e operadores de redes digitais, segundo o relatório da Mandiant.
A unidade, segundo o texto, se apropriou de "centenas de terabytes de pelo menos 141 organizações espalhadas por um conjunto diverso de setores econômico, já a partir de 2006".
A maioria das vítimas estava nos EUA, com números menores no Canadá e Grã-Bretanha. A informação subtraída incluía detalhes sobre fusões e aquisições e emails de funcionários graduados, segundo a empresa.
Pequim - As acusações feitas por uma empresa de segurança de computação dos EUA alegando que uma unidade militar secreta chinesa provavelmente está por trás de uma série de ataques hackers são falhas cientificamente e, portanto, não confiáveis, disse nesta quarta-feira o Ministério de Defesa da China.
A declaração aconteceu após a Casa Branca ter dito durante a noite que o governo do presidente Barack Obama tem repetidamente levado suas preocupações sobre ataques digitais aos mais altos níveis do governo chinês, inclusive aos militares chineses.
A empresa de segurança norte-americana Mandiant identificou a Unidade 61398 do Exército da Libertação do Povo, com sede em Xangai, como a força motriz mais provável por trás dos ataques de hackers. A Mandiant disse acreditar que a unidade tenha realizado ataques "sustentados" contra uma ampla gama de indústrias .
O Ministério da Defesa chinês, que já havia negado as acusações, foi mais longe em uma nova declaração, acusando a Mandiant de confiar em dados espúrios.
"O relatório, ao confiar apenas em links de endereços IP para chegar a uma conclusão de que os ataques de hackers partiram da China, carece de prova técnica", disse o ministério em comunicado em seu site.
"Todo mundo sabe que o uso de endereços IP usurpados para realizar ataques de hackers acontece em uma base quase diária", acrescentou.
"Em segundo lugar, ainda não há uma definição clara internacionalmente unificada sobre o que consiste em um 'ataque hacker'. Não há nenhuma evidência legal por trás do relatório subjetivamente induzindo que a concentração diária online (de informações) seja espionagem online." Como a pirataria online é um fenômeno transnacional, anônimo e escondido por sua própria natureza, é difícil descobrir exatamente onde os ataques se originam, disse o comunicado.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hong Lei, perguntado sobre as conversas entre EUA e China a respeito das preocupações norte-americanas com hackers, disse: "A China e os EUA têm mantido comunicação sobre a questão relevante".
A Unidade 61398 fica no bairro de Pudong, polo bancário e financeiro da China, e lá trabalham talvez milhares de pessoas fluentes em inglês, além de programadores e operadores de redes digitais, segundo o relatório da Mandiant.
A unidade, segundo o texto, se apropriou de "centenas de terabytes de pelo menos 141 organizações espalhadas por um conjunto diverso de setores econômico, já a partir de 2006".
A maioria das vítimas estava nos EUA, com números menores no Canadá e Grã-Bretanha. A informação subtraída incluía detalhes sobre fusões e aquisições e emails de funcionários graduados, segundo a empresa.