aviao (AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2014 às 07h17.
A busca submarina pelo vôo MH370 da Malaysia Airlines, concentrada em uma área circular de dez quilômetros no leito do oceano, pode ser finalizada em uma semana, disseram autoridades australianas neste sábado.
A Malásia disse que a busca em andamento está em "uma situação muito crítica" e pediu orações por seu sucesso.
Um veículo não tripulado submarino de grande profundidade da marinha dos Estados Unidos (AUV, na sigla em inglês) está percorrendo um trecho remoto do leito do Oceano Índico em busca de sinais do avião, que desapareceu dos radares em 8 de março com 239 pessoas a bordo.
Depois de quase dois meses sem vestígios de destroços, a busca submarina foi reduzida a uma pequena área próxima da localidade na qual um dos quatro sinais acústicos que se acredita serem da caixa preta da aeronave foi detectado em 8 de abril, disseram as autoridades.
"Contanto que clima seja favorável para o lançamento e a recuperação do AUV e tenhamos um bom período de utilização do AUV, devemos completar a busca da área submarina em foco dentro de cinco a sete dias", informou a Agência e Centro de Coordenação Conjunta à Reuters por e-mail.
Mais de duas dezenas de países estão envolvidos na procura pelo Boeing 777, que sumiu dos radares pouco depois de decolar para um vôo de Kuala Lumpur para Pequim no que as autoridades crêem ter sido um ato deliberado.
A Malásia pediu a petroleiras e outras empresas comerciais que forneçam meios de auxílio às buscas depois de ter afirmado anteriormente que mais AUVs podem ser usados.
Após quase duas semanas sem captar nenhum sinal acústico, e muito depois dos trinta dias de expectativa de vida da bateria da caixa preta, as autoridades apostam cada vez mais no Bluefin-21, veículo não tripulado de 4 milhões de dólares da marinha dos EUA, que neste sábado deve alcançar profundidades inéditas, como já havia feito na sexta-feira.
Como as buscas visuais na superfície do oceano não forneceram provas concretas, o drone, com sua capacidade de mergulhar em grande profundidade com seu sonar "escâner lateral", se tornou a peça central da busca nos dois mil quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth.
(Por Matt Siegel e Byron Kaye)