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Brasileiro está mais seguro em comprar na web, diz pesquisa

Pesquisa mostra que 9 entre 10 consumidores estão satisfeitos com as compras pela internet, e que metade escolhe o site por procurar marcas conhecidas

Compras pela internet: compradores mais assíduos sãos os mais escolarizados (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 17h54.

A pesquisa Consumo Virtual no Brasil, divulgada hoje (3) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostra que o brasileiro está mais seguro em relação às compras pela internet .

De acordo com a pesquisa, feita entre os dias 5 e 8 de janeiro com 678 pessoas das 27 capitais que usaram sites de vendas no ano passado,  93% dos entrevistados, ou nove entre dez consumidores, estão satisfeitos com esse tipo de consumo .

A sondagem revela que 93% dos consultados fazem compras pela internet há mais de três anos. Eles também buscam fornecedores que sejam consagrados no mercado.

“Quarenta e nove por cento escolhem o site porque procuram marcas conhecidas. Os clientes já sabem usar sites de comparação e se pautam pelos sites de reclamação. Com isso, a gente vê que o consumidor já busca elementos para tomar decisões mais informadas. E isso acaba dando confiança”,  disse à Agência Brasil o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.

Os compradores mais assíduos sãos os mais escolarizados - 41% têm pós-graduação, estão na faixa de 35 anos a 49 anos  e  pertencem às classes sociais A e B (34%).

Segundo Borges, isso mostra uma questão já esperada, que é a inserção mais tardia das classes C, D e E nesse tipo de comércio. Por  outro lado, comprova a maior disponibilidade de crédito e acesso aos meios de pagamento das classes A e B.

Apesar disso, ele destacou que a participação das classes C, D e E já é significativa no total de compradores (52%) e tende a crescer. Dois em cada dez consumidores fizeram sua primeira compra virtual nos dois últimos anos e desses há um  percentual maior de pessoas das classes C, D e E, “o que confirma a inserção tardia desses clientes”, explicou Borges.

Comodidade de comprar sem precisar sair de casa foi a principal vantagem listada por 74% dos consultados, além de preço considerado  mais baixo do que nas lojas físicas (50%).

“A gente vê que grande parte das vantagens – economia de tempo, facilidade na comparação com concorrentes, está relacionada com economia”. Mesmo que não compre pela internet, o cliente pode usar essa comparação para barganhar um preço mais baixo na loja física. “Ele acaba economizando dinheiro de um jeito ou de outro”.

Entre as desvantagens,  68% citaram não poder levar o produto na hora da compra, outros 68% reclamaram não poder experimentar, 37% alegaram não poder ver, tocar nem cheirar o produto e 23% indicaram o prazo de entrega demorado.

A falta de segurança de não receber o produto ou  ser lesado por algum tipo de falsificação foi apresentada por 6% dos consumidores.  Frete grátis (23%) e indicações de amigos e parentes (22%) são fatores considerados para a escolha do site de vendas.

Os itens mais comprados pela internet no ano passado pelos brasileiros foram eletrônicos (61%), livros (47%), calçados (44%), roupas (42%) e eletrodomésticos (36%).

Em contrapartida, os internautas disseram que jamais comprariam pelo sistema virtual seguros (25%), artigos para animais (19%), calçados (17%), roupas (16%) e comida pronta (15%).  A rejeição por calçados e vestuário é explicada pelo fato de não poder experimentar ou por receio em caso de troca.

O acesso à internet para o consumo é feito ainda predominantemente por computador (desktop) (44%) ou por notebook (32%). Entretanto, o uso de meios móveis é crescente, com o smartphone chegando a 20%. O cartão de crédito é apontado como principal meio de pagamento em compras virtuais por 78% dos entrevistados, sendo que o percentual sobe para 83% entre os mais escolarizados. Em seguida, aparece o boleto bancário (54%). Em ternos de gênero, a pesquisa não mostra divisão acentuada.

“Está meio a meio”. Flávio Borges disse, porém, que quando se olha os dados de pessoas que entraram mais recentemente nesse mercado, “a gente vê que há mais mulheres do que homens: 17% das mulheres passaram a usar a internet entre um e cinco anos, enquanto 12% dos homens  entraram mais recentemente. Existe uma entrada maior feminina, embora essa entrada das mulheres no mundo virtual seja também mais tardia”, disse.

A pesquisa mapeou  22 produtos mais consumidos e constatou que os livros são os itens preferidos  para aquisição nos próximos seis meses, com 52% do total, seguidos de eletrodomésticos (47%), passagens de avião, ônibus, trem ou navio (47%), reservas em hotéis ou pousadas (41%) e ingressos (40%).

São Paulo - Reunir 20 coisas que a internet está ajudando a enterrar de vez parecer ser uma tarefa fácil. Mas não é. É difícil saber o que não irá resistir a a internet e as transformações que ela provoca. Entretanto, nos arriscamos aqui a elencar algumas coisas que, se não desaparecerem, vão ter que se reinventar para continuarem existindo.

  • 2. Cartas

    2 /21(Hulton Archive/Getty Images)

  • Veja também

    Hoje em dia, só se envia cartas em situações raríssimas. Após séculos, esta forma de comunicação foi substituída por WhatsApp, e-mails e outras formas de comunicação, que usam a internet para chegarem a seus destinatários.

  • 3. CDs

    3 /21(Stock Exchange)

  • Os CDs têm sido uma das maiores vítimas da internet, que permitiu novas formas de acesso à música - como o download e o streaming. Hoje, as gravadoras estão brigando com o YouTube e comprar um CD se tornou algo cada vez mais raro.

  • 4. Enciclopédias de papel

    4 /21(Getty Images)

    Quem ainda usa enciclopédias de papel com frequência? Importante fonte de referência no passado, elas foram substituídas por sites como Google e Wikepedia na corrida pelo conhecimento. Alguns casos são emblemáticos - como a Britânica, que, em 2012, deixou de ser impressa após 244 anos de existência.

  • 5. Discussões de bar

    5 /21(FERNANDO FRAZAO/VEJA RIO)

    Uma das coisas que a internet vem matando são as intermináveis discussões de mesa de bar. Perguntas como "A Lady Gaga é homem?" e "Como curar um coração partido?" dariam pano para manga em outros tempos - mas hoje estão entre as mais procuradas no Google.

  • 6. Esquecimento

    6 /21(Philippe Huguen/AFP)

    O espanhol Mario Costeja acionou o Google no Tribunal de Justiça da União Europeia. O motivo: a empresa estaria interferindo no seu direito ao esquecimento. Na era da internet, o esquecimento está mesmo se tornando um recurso cada vez mais escasso.

  • 7. O mistério da medicina

    7 /21(AFP)

    De acordo com o Urban Dictionary, Dr. Google é o termo usado para qualificar uma "pessoa que usa o Google para diagnosticar sintomas de doença". Como se vê, o mistério em torno do conhecimento dos médicos pode estar sendo ameaçado pela praticidade oferecida pela internet.

  • 8. Privacidade

    8 /21(TAMIRES KOPP / INFO EXAME)

    Aconteceu em março em Rio Claro (SP). A Justiça determinou que a prefeitura local pagasse a dois empregados uma indenização por danos morais. O motivo foi a violação de mensagens eletrônicas trocadas entre eles em horário de trabalho. Este é apenas um exemplo dos problemas envolvendo privacidade e internet, cada vez mais comuns.

  • 9. Comparação de preços

    9 /21(Nacho Doce / Reuters)

    Ir de loja em loja comparando os preços de um produto é hoje um trabalho desnecessário. Tudo isso graças à internet, que por meio de sites como Buscapé, fez com que esta tarefa se tornasse bem mais fácil.

  • 10. Fanzines

    10 /21(Domínio Público)

    Durante muito tempo, as fanzines foram um dos carros-chefes de quem se dizia "independente" e acreditava ter algo a dizer. Hoje, as revistinhas fotocopiadas que eram distribuídas de mão em mão deram lugar aos blogs - alcançando assim um número muito maior de pessoas graças à internet.
  • 11. Memória

    11 /21(Artem Chernyshevych / SXC)

    Ao mesmo tempo em que destrói o esquecimento, a internet também está acabando com a memória. Um estudo realizado nos EUA apontou que o acesso fácil à informação reduziu nossa capacidade de armazenar dados. "Quando se deparam com questões difíceis, as pessoas tendem a pensar em computadores", afirma o artigo.

  • 12. Locadoras de vídeo

    12 /21(Victor J. Blue/Bloomberg)

    No passado, alugar um filme numa locadora era quase um ritual. Havia até atendentes especializados, que indicavam a melhor opção de acordo com o gosto do cliente. Hoje em dia, isso é cada vez mais raro. Em serviços como YouTube e Netflix, filmografias inteiras estão disponíveis para quem quiser assistir. E não faltam sites para repletos de referências na internet.

  • 13. Fax

    13 /21(Domínio Público)

    Num futuro próximo, ninguém mais saberá o que foi um fax. Revolucionário em seu tempo, o aparelho permitia que uma cópia idêntica de determinada mensagem fosse produzida por outro aparelho do mesmo tipo a quilômetros de distância. Hoje em dia, uma foto de um documento enviada via internet produz o mesmo resultado.

  • 14. Loja de games

    14 /21(Divulgação)

    Assim como alugar filmes já foi uma aventura, comprar games também não era muito diferente. Na década de 1990, vários jovens ainda juntavam moedinhas para comprar o cartucho que permitiria bons momentos de diversão. Com a popularização da internet e o surgimento de serviços como Xbox Live, isso se tornou coisa do passado.

  • 15. Lista telefônica

    15 /21(Stock.xchng)

    Calhamaços de páginas amareladas nas quais constavam todos os telefones da cidade. Assim eram as listas telefônicas, que por muito tempo ajudaram as pessoas a saber o número exato para entrar em contato com alguém. Com a internet, isso perdeu completamente o sentido - já que sempre é possível dar uma "googlada" para descobrir qualquer telefone.

  • 16. Rádios

    16 /21(Getty Images)

    Recém-chegado ao Brasil, o Spotify é mais um serviço online que oferece ao usuário a possibilidade de ouvir música. Até pouco tempo, esse era o papel das rádios - que devem continuar existindo, mas vêm perdendo espaço e importância. Em 2012, um levantamento feito na Inglaterra mostrou que 30% da audiência das rádios no país vinham da internet.

  • 17. Burocracia

    17 /21(Divulgação)

    Dentro de um ano e meio, o Ministério do Trabalho e Emprego pretende lançar o eSocial. O site funcionará como uma folha de pagamento digital e mostra que a internet (mesmo que muito lentamente...) pode estar ajudando a matar a burocracia no Brasil.

  • 18. Concentração

    18 /21(Justin Sullivan/Getty Images)

    Cem pessoas participaram de um estudo realizado na Inglaterra em 2010, que apontou que a internet pode estar reduzindo a capacidade de concentração das novas gerações. Por serem mais dispersos, os mais jovens deram respostas menos consistentes a uma série de perguntas propostas pelos cientistas, as quais poderiam ser respondidas após consultas à internet.

  • 19. Empresas de internet

    19 /21(lfelton/Freeimages)

    Desde que se popularizou, a internet cria e devora empresas que atuam nela mesma. Quem aí se lembra de GeoCities, Tiscali e outras vítimas da bolha da internet, que explodiu no ano 2000? Há quem diga que estamos passando agora por um fenômeno parecido, com empresas como LinkedIn e Facebook vendendo ações na bolsa. Se vai dar certo no longuíssimo prazo, só o tempo irá dizer. Os milionários e bilionários criados por essas empresas atestam que sim, é claro. Mas a história joga contra.

  • 20. Ócio

    20 /21(Ryan McVay / Getty Images)

    A "inatividade de espírito" que é uma das definições do ócio também está se perdendo com a internet. Afinal, todo mundo que tem qualquer tempo livre aproveitando para conferindo seus perfis nas redes sociais e lendo as últimas notícias aqui em EXAME.com.

  • 21. Agora, saiba quais são as vítimas dos smartphones

    21 /21(Jerome Favre/Bloomberg)

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