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Brasil Game Show 2024: em 15 anos, evento se renova e impulsiona um mercado de games mais diverso

Feira que começou em uma quadra esportiva no Rio de Janeiro é hoje a maior sobre games da América Latina, atraindo 2 milhões de fãs e influenciadores

André Lopes

Repórter

Publicado em 7 de outubro de 2024 às 14h21.

Última atualização em 7 de outubro de 2024 às 14h31.

Ao longo dos últimos 15 anos, a Brasil Game Show (BGS) se consolidou como um dos principais eventos de games da América Latina, acompanhando de perto as mudanças no mercado e a evolução dos jogos no Brasil. O evento, que nasceu de uma paixão pessoal do seu fundador, Marcelo Tavares, cresceu de um dia de duração para uma semana inteira, e se tornou um ponto de encontro essencial para jogadores, desenvolvedores e influenciadores. Na próxima quarta, o evento vai ao Expo Center Norte, em São Paulo, para mais um fim de semana de atrações.

A primeira edição, em 2009, aconteceu em uma quadra esportiva e durou apenas um dia, voltada principalmente para fãs de console. Com o aumento da demanda, o evento se tornou nacional em sua segunda edição, e em 2010 já era o maior da América do Sul. O Rio de Janeiro ficou pequeno para a expansão, e em 2012 a feira foi transferida para o Expo Center Norte, em São Paulo.Lá, ganhou espaço e público, com cinco dias de evento e uma estrutura de maior porte.

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"Sempre foi um sonho pessoal de fazer aqui no Brasil um grande evento de games, como aqueles que eu via nos Estados Unidos e no Japão. Hoje, ao olhar para trás, vemos o quanto a BGS acompanhou o crescimento da indústria e as mudanças no público", reflete Tavares, CEO da iniciativa.

A evolução tecnológica e a diversidade de plataformas foram algumas das mudanças mais significativas que moldaram o evento. "Inicialmente, o foco era quase exclusivamente em consoles, mas com o tempo vimos a explosão do PC gaming, que passou a rivalizar com os consoles", aponta Tavares. Outro fator transformador foi a ascensão dos influenciadores digitais, que a partir de 2012 começaram a atrair um público crescente para a feira. Para 2024, a expectativa é receber mais de 8 mil influenciadores.

O futuro do mercado de games no Brasil

A capacidade de adaptação da BGS tem sido uma de suas marcas registradas. O surgimento de novos públicos, como os cosplayers e a popularidade dos jogos no modelo Game as a Service, ao estilo de Fortnite e Genshin Impact, exigiu uma atualização constante. "Hoje, atendemos todos os públicos: o fã de console, o de PC, o de mobile, além de diferentes gêneros de jogos e de tribos, como os retro gamers e os desenvolvedores indies", explica Tavares.

Um exemplo de sucesso foi a criação da Avenida Indie, que começou com sete estandes e hoje conta com mais de 100, destacando-se como um espaço para desenvolvedores brasileiros mostrarem seus projetos. Já a Arena Arcade, dedicada aos jogos retrô, resgata a nostalgia e atrai tanto novos quanto antigos fãs.

Outro ponto abordado por Tavares é o impacto da economia no consumo de jogos no Brasil. O alto preço de hardware e jogos sempre foi um desafio, masa oferta crescente de jogos gratuitos e opções de assinatura tem ampliado o acesso. "No início, a pirataria era um problema dominante, mas hoje temos um mercado mais acessível e legalizado", afirma.

Ao olhar para o futuro, Tavares vê um grande potencial para o Brasil se tornar um dos principais produtores globais de jogos, especialmente no desenvolvimento de títulos de alto orçamento, os chamados triple A.

Para os próximos 15 anos, a BGS planeja expandir ainda mais suas iniciativas, como a BGS Store e as competições de esports e cosplay, integrando tecnologias emergentes como realidade virtual (VR) e realidade aumentada, sempre com foco em oferecer a melhor experiência para o público.

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