Brasil e Argentina definem ações conjuntas contra espionagem
Países definiram ações conjuntas contra as atividades de espionagem dos Estados Unidos na região e para avançar no desenvolvimento de ferramentas de ciberdefesa
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 06h59.
Buenos Aires - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, definiu nesta quinta-feira, junto com o chanceler argentino, Héctor Timerman, ações conjuntas contra as atividades de espionagem dos Estados Unidos na região e para avançar no desenvolvimento de ferramentas de ciberdefesa, informaram fontes oficiais.
Figueiredo e Timerman se reuniram em Buenos Aires, por ocasião da primeira visita de trabalho que realiza à Argentina o novo ministro brasileiro, que assumiu seu cargo no último dia 28 de agosto.
No encontro, os chanceleres destacaram a necessidade de lutar contra a espionagem e proteger as comunicações e o armazenamento de informação estratégica, após a divulgação de notícias que apontam que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) espionou as comunicações da presidente Dilma Rousseff.
Timerman e Figueiredo repassaram também os principais temas da agenda bilateral, assim como os assuntos regionais e internacionais de interesse comum, informou a chancelaria argentina em comunicado.
Os chanceleres analisaram os avanços realizados em matéria de cooperação nuclear, espacial, defesa, aeronáutica e aproveitamentos hidrelétricos binacionais, e decidiram impulsionar as ações necessárias para o desenvolvimento das áreas fronteiriças.
Além disso, dialogaram sobre a situação do processo de integração do Mercosul e a participação plena do Paraguai nesse bloco.
Também trocaram opiniões sobre as negociações em curso entre esse bloco regional e a União Europeia.
Figueiredo e Timerman conversaram também sobre a eleição do novo secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que ficou pendente na última reunião da organização, no último dia 30 de agosto no Suriname, e a continuidade da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti.
No plano internacional, os chanceleres condenaram o uso de armas químicas "por qualquer ator e em qualquer circunstância", e pediram uma solução por meios "estritamente pacíficos" ao conflito na Síria.