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BMW acelera investimentos para competir com o explosivo Elon Musk

ÀS SETE - Ao divulgar os resultados do 1º trimestre, a montadora alemã confirma que é preciso gastar em tecnologia para continuar relevante no futuro

BMW: o faturamento caiu 5,1% no trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 22,7 bilhões de euros (BMW/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2018 às 06h52.

Última atualização em 4 de maio de 2018 às 07h19.

Ao divulgar os resultados financeiros do primeiro trimestre, na madrugada desta sexta-feira, a montadora alemã BMW confirma que é preciso acelerar os investimentos em tecnologia para continuar relevante no futuro.

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O faturamento caiu 5,1% no trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para 22,7 bilhões de euros, e o lucro teve uma queda de 0,5%, para 3,165 bilhões de euros. Até as 7h de Brasília, as ações caíam 1,8%.

Ainda assim, a companhia comemora o maior volume de entregas de sua história: 604.629 carros no primeiro trimestre, 3% a mais que no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a queda no faturamento foi impulsionada principalmente por questões cambiais.

O recuo no lucro teria outra explicação nobre: o aumento de gastos com pesquisa e desenvolvimento. Só neste ano serão 7 bilhões de euros, contra 6,1 em 2017. A companhia promete ajustes em custos ao longo de 2018 para terminar com margem ebtida similar ao do ano passado, de 10 bilhões de euros.

Ainda assim, a força de trabalho tem crescido, com a necessidade de contratar profissionais especializados em novas tecnologias, como carros elétricos e autônomos: o número de funcionários aumentou 1% em um ano, para 131.000 pessoas.

Com o mercado em transição para os modelos elétricos e, num futuro um pouco mais distante, autônomos, os investimentos são certamente necessários. Mas ainda não está claro se os investimentos feitos pela montadora garantirão seu futuro nos novos segmentos. As questões sobre a BMW, no fim das contas, são as mesmas que pairam sobre todas as montadoras tradicionais.

Analistas citados pela imprensa especializada nos Estados Unidos e na Europa acreditam que a situação da companhia alemã só não está mais complicada pelo fato de a Tesla enfrentar problemas para entregar seu Modelo 3 aos compradores.

Ontem, pressionado por perguntas sobre as dificuldades em entregar suas promessas, o fundador da Tesla, Elon Musk, perdeu a paciência numa conferência e chamou as perguntas de “chatas”. Resultado: as ações caíram 8%, ou 3 bilhões de dólares.

Neste cenário, a consistência alemã e sua excelência na manufatura, mesmo que “chatas”, são vantagens competitivas para o longo prazo.

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