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BlackBerry PlayBook encalha e lojas cortam preço

O modelo mais simples do tablet BlackBerry PlayBook teve seu preço reduzido de 499 para 299 dólares

Um dos problemas do BlackBerry PlayBook é que seu sistema QNX conta com poucos aplicativos  (Divulgação)

Um dos problemas do BlackBerry PlayBook é que seu sistema QNX conta com poucos aplicativos (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 16h35.

São Paulo — A RIM, fabricante da linha BlackBerry, parece estar cortando drasticamente o preço do tablet PlayBook, que estava encalhado nas lojas nos Estados Unidos. A redução é de 200 dólares. O modelo mais simples, que custava 499 dólares, está sendo oferecido por 299 dólares em lojas como a Best Buy. O tablet não é vendido oficialmente no Brasil.

Embora não haja números oficiais, uma estimativa divulgada pelo site Mashable indica que a RIM vendeu 700 mil unidades do PlayBook no primeiro semestre. Esse número já é desanimador em vista do plano da empresa de vender entre 4 e 5 milhões de unidades neste ano. Mas o pior é que o volume tem diminuído. No primeiro trimestre, segundo as estimativas, foram 500 mil unidades e, no segundo, apenas 200 mil. 

O corte no preço do PlayBook repete, em parte, o que a HP fez com seu tablet TouchPad, que teve seus estoques liquidados por preços que começavam em 99 dólares. O TouchPad estava encalhado nas lojas. Mas acabou rapidamente quando a HP baixou o preço. O corte da RIM não é tão drástico quanto o da HP e não há – ao menos por enquanto – notícias de que a empresa vá descontinuar o PlayBook. Mas é um sintoma claro de que as vendas estavam muito abaixo do planejado.

Kindle Fire

A redução acontece na semana em que a Amazon apresentou o Kindle Fire, tablet com Android oferecido por 199 dólares nos Estados Unidos. Os dois aparelhos são similares no hardware, mas o Kindle Fire é superior em outros aspectos. O tablet da Amazon conta com amplo acervo de conteúdo online à disposição do usuário. Também conta com os mais de 250 mil aplicativos criados para o sistema Android.

O PlayBook, ao contrário, roda o sistema QNX, que não é usado por nenhum outro fabricante e possui poucos aplicativos disponíveis, um problema que também existia no WebOS, o sistema operacional do agora extinto TouchPad. A RIM vinha propondo o PlayBook como opção principalmente para empresas, onde sua linha de smartphones BlackBerry tem ótima aceitação. Mas o PlayBook não tem conexão 3G, item valorizado por quem procura um modelo para uso profissional. Ele só permite o acesso à internet pela rede celular se trabalhar em conjunto com um smartphone BlackBerry que, nesse caso, funciona como modem.

Essas limitações e o tamanho menor que o do iPad – a tela é de 7 polegadas, contra 9,7 do tablet da Apple – criaram a sensação de o preço está alto demais e afastaram muitos potenciais compradores. Vai ser interessante observar se a redução de preço vai ser suficiente para reverter essa situação.

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