Barco não tripulado poderá monitorar águas e peixes
Veículo é desenvolvido pela USP poderá realizar observações de peixes e da qualidade da água
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2012 às 11h09.
São Paulo - Uma nova embarcação não tripulada, controlada à distância, poderá realizar observações de peixes e da qualidade da água sem necessidade de reabastecimento frequente devido ao uso de velas, motor elétrico e energia solar. O veículo é desenvolvido no Laboratório de Instrumentação Virtual e Microprocessadores (LIVMP), sediado no Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. O protótipo está em fase final de construção e deverá ser testado em uma represa no interior de São Paulo ainda neste ano.
O LIVMP participa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A embarcação possui 1,80 metros de comprimento por 1,60 metros de largura. Construída em isopor de alta densidade, ela pesa 25 quilos. “A construção utilizou um material que não cause danos a outras embarcações”, diz o professor da EESC, José Roberto Monteiro, que coordena o LIVMP e o Grupo de Trabalho de Veículos Aquáticos e Subaquáticos Autônomos do INCT-SEC.
A embarcação é projetada para águas fluviais (rios, lagos, represas), sem quedas d’água. A utilização em águas marítimas poderá ser viabilizada com a construção de um veículo de maior porte. O protótipo possui uma estrutura com três cascos, denominada trimarã, com um casco principal e dois laterais. “Essa distribuição permite maior estabilidade lateral, favorecendo a colocação de velas para impulsionar a embarcação”, conta o professor.
O veículo é dirigido automaticamente de forma remota. A navegação é feita por meio de coordenadas de GPS (sistema de localização por satélite). “Os indicadores de posicionamento servem para ajustar os ângulos da vela e do leme, conduzindo o protótipo ao local desejado”, acrescenta o pesquisador.
Autonomia
Além das velas, a embarcação possui motores elétricos e um painel solar. “Desse modo, não há necessidade de paradas para reabastecimento, aumentando sua autonomia”, aponta Monteiro. Quando o veículo é impulsionado pelas velas, a energia de deslocamento é resgata para uma bateria, para uso nos motores. “O funcionamento pode prosseguir por até 48 horas, caso não haja luz solar ou ventos.”
As principais aplicações do protótipo estão na área ambiental, como a observação de peixes por meio câmeras submersíveis. “A embarcação permitiria o estudo de algumas espécies que apresentam interesse para produção pesqueira, analisando seus hábitos alimentares e reprodutivos”, ressalta o professor. “A presença de um mergulhador poderia espantar os peixes, enquanto o veículo pode permanecer todo o tempo no local, realizando filmagens.”
A aplicação do veículo na observação de peixes tem tanto objetivos econômicos, na produção para alimentação humana, como ecológicos, como no estudo de hábitos de espécies ameaças com vistas a sua preservação, e conta com a colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Outra utilização prevista para a embarcação é o monitoramento da qualidade da água em grandes represas. O desenvolvimento conta com a participação de professores e alunos da EESC e do ICMC, além da cooperação de professores da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jaú (interior de São Paulo).
Os testes do novo protótipo deverão ser realizados na Represa do Broa, no município de Itirapina , vizinho a São Carlos. “Anteriormente, foi desenvolvido o protótipo de uma embarcação com 5 metros de comprimento, mas que necessitava da presença de um tripulante habilitado para dirigir barcos a motor”, diz Monteiro. “A ideia agora é testar uma embarcação que dispense a presença de um comandante.”
São Paulo - Uma nova embarcação não tripulada, controlada à distância, poderá realizar observações de peixes e da qualidade da água sem necessidade de reabastecimento frequente devido ao uso de velas, motor elétrico e energia solar. O veículo é desenvolvido no Laboratório de Instrumentação Virtual e Microprocessadores (LIVMP), sediado no Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. O protótipo está em fase final de construção e deverá ser testado em uma represa no interior de São Paulo ainda neste ano.
O LIVMP participa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. A embarcação possui 1,80 metros de comprimento por 1,60 metros de largura. Construída em isopor de alta densidade, ela pesa 25 quilos. “A construção utilizou um material que não cause danos a outras embarcações”, diz o professor da EESC, José Roberto Monteiro, que coordena o LIVMP e o Grupo de Trabalho de Veículos Aquáticos e Subaquáticos Autônomos do INCT-SEC.
A embarcação é projetada para águas fluviais (rios, lagos, represas), sem quedas d’água. A utilização em águas marítimas poderá ser viabilizada com a construção de um veículo de maior porte. O protótipo possui uma estrutura com três cascos, denominada trimarã, com um casco principal e dois laterais. “Essa distribuição permite maior estabilidade lateral, favorecendo a colocação de velas para impulsionar a embarcação”, conta o professor.
O veículo é dirigido automaticamente de forma remota. A navegação é feita por meio de coordenadas de GPS (sistema de localização por satélite). “Os indicadores de posicionamento servem para ajustar os ângulos da vela e do leme, conduzindo o protótipo ao local desejado”, acrescenta o pesquisador.
Autonomia
Além das velas, a embarcação possui motores elétricos e um painel solar. “Desse modo, não há necessidade de paradas para reabastecimento, aumentando sua autonomia”, aponta Monteiro. Quando o veículo é impulsionado pelas velas, a energia de deslocamento é resgata para uma bateria, para uso nos motores. “O funcionamento pode prosseguir por até 48 horas, caso não haja luz solar ou ventos.”
As principais aplicações do protótipo estão na área ambiental, como a observação de peixes por meio câmeras submersíveis. “A embarcação permitiria o estudo de algumas espécies que apresentam interesse para produção pesqueira, analisando seus hábitos alimentares e reprodutivos”, ressalta o professor. “A presença de um mergulhador poderia espantar os peixes, enquanto o veículo pode permanecer todo o tempo no local, realizando filmagens.”
A aplicação do veículo na observação de peixes tem tanto objetivos econômicos, na produção para alimentação humana, como ecológicos, como no estudo de hábitos de espécies ameaças com vistas a sua preservação, e conta com a colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Outra utilização prevista para a embarcação é o monitoramento da qualidade da água em grandes represas. O desenvolvimento conta com a participação de professores e alunos da EESC e do ICMC, além da cooperação de professores da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Jaú (interior de São Paulo).
Os testes do novo protótipo deverão ser realizados na Represa do Broa, no município de Itirapina , vizinho a São Carlos. “Anteriormente, foi desenvolvido o protótipo de uma embarcação com 5 metros de comprimento, mas que necessitava da presença de um tripulante habilitado para dirigir barcos a motor”, diz Monteiro. “A ideia agora é testar uma embarcação que dispense a presença de um comandante.”