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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h39.
Ao completar 25 anos de existência, o computador pessoal já não ocupa mais o centro do universo tecnológico, como quando foi lançado pela IBM, em agosto de 1981. O desenvolvimento de novos equipamentos, como os smartphones, e de novos softwares deslocaram o centro desse universo para o usuário. O mais apropriado, agora, é dizer que o PC é apenas mais um dos aparelhos que orbitam o consumidor, de acordo com a revista britânica The Economist.
A tendência havia sido apontada por Bill Gates, em 1982, então com 25 anos de idade. "O hardware se tornará cada vez menos interessante. O trabalho total será feito pelo software", afirmou. O avanço do processamento de dados fez com que muitas tecnologias incubadas no PC ganhassem vida própria. Hoje, é possível acessar e-mails via telefones celulares, conectar a câmera digital diretamente na impressora para obter suas fotos; e baixar músicas diretamente no celular - tarefas que, até há algum tempo, precisavam de um PC.
Ao mesmo tempo, o PC está sob ameaça de mudanças estruturais nos softwares. Os programas estão cada vez mais disponíveis via internet. Já é possível buscar alguns programas no Google e no eBay a partir de qualquer aparelho que acesse a internet - e não apenas pelo PC.
As mudanças estão afetando também as empresas que cresceram explorando o mercado de PCs. A Microsoft está diversificando sua atuação, com foco em consoles de vídeogames, e tocadores digitais de música. Já a IBM, que inventou o PC, saiu desse mercado em 2004, quando vendeu sua divisão de microcomputadores para a chinesa Lenovo - um indício de que as máquinas tendem a se tornar commodities.
Isso não significa que o PC esteja morto. As vendas mundiais chegam a 200 milhões de unidades. A versatilidade do equipamento ainda permite que sirva de plataforma para o desenvolvimento de novas tecnologias. Mas com a aparição de uma miríade de outros equipamentos e da web como meio de fornecer softwares, o PC luta, agora, contra seu envelhecimento.