Apple recusa acesso do governo a dispositivos pessoais
Apesar de pressão da NSA, empresa diz que não mexerá na criptografia de seus aparelhos
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 15h45.
São Paulo — Tim Cook disse que a Apple não criará falhas propositais de segurança em seus dispositivos, como quer a Agência de Segurança Nacional americana (NSA).
O órgão considera exigir de empresas que fabricam eletrônicos a inclusão proposital de vulnerabilidades criptográficas, para que a segurança americana tenha acesso a estes aparelhos. A motivação da NSA é a de encontrar consipiradores, terroristas e outros criminosos.
O presidente da Apple se opôs à agência: "Nenhuma vulnerabilidade é necessária. Queremos que nossa nação seja segura? Claro. Ninguém deveria precisar decidir entre privacidade ou segurança. Precisamos ser espertos o suficiente para conseguir ambos. Estas duas coisas são essencialmente parte de nossa constituição."
O diretor do FBI, James Comey, anunciou que a administração do presidente Obama não pretende criar leis que lidem com esse tipo de obrigação.
Cook ainda notou que exigências deste tipo poderiam expôr pessoas inocentes a ataques de indivíduos mal-intencionados: "Você não pode ter uma vulnerabilidade no software pois não é possível criar uma vulnerabilidade apenas para os caras do bem."