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Após demissão em massa, Meta deve deixar escritório no qual iniciou a operação no Brasil

A empresa deve sair da Infinity Tower, no bairro do Itaim, em São Paulo, e alocar as atividades somente no edifício B32, localizado na Avenida Faria Lima

Cortes na Meta: empresa alega que a redução dos escritórios no Brasil foram previstos anteriormente (Justin Sullivan/Getty Images)

Cortes na Meta: empresa alega que a redução dos escritórios no Brasil foram previstos anteriormente (Justin Sullivan/Getty Images)

Depois de dias de expectativas, a Meta (META), holding dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou a demissão de 11 mil funcionários. O número equivale a 13% de sua força de trabalho.

Com tamanho corte de custos, os efeitos do aperto de cintos já chegaram à operação da empresa no Brasil. Segundo fontes consultadas pela EXAME, a companhia de Mark Zuckerberg deve deixar a Infinity Tower, prédio no bairro do Itaim, em São Paulo, lar da Meta desde 2012, e que também abriga os escritórios de Apple, Credit Suisse, Goldman Sachs e Bloomberg.

Com a mudança, a Meta permanecerá apenas com os escritórios do edifício B32, localizado na Avenida Faria Lima, também no bairro do Itaim, e no qual está desde 2022.

Em nota à EXAME, um representante da Meta disse que a saída do antigo escritório não tem relação com os desligamentos de hoje e que a saída foi relatada no final de outubro. Além disso, faz parte de um movimento global de otimização da ocupação de nossos escritórios.

"Para apoiar essa evolução, anunciamos em outubro que estamos implementando o compartilhamento de mesas de trabalho, permitindo que as pessoas tenham mais flexibilidade, ao mesmo tempo em que revigoramos nosso ambiente de trabalho. E para manter uma utilização eficiente dos espaços, desde outubro também estamos otimizando a ocupação de nossos escritórios em alguns locais, incluindo São Paulo”, relatou o porta-voz.

Big techs pisam no freio

Com os executivos de tecnologia cada vez mais pessimistas em relação à economia, o setor demitiu 9.587 empregos em outubro, o maior número mensal desde novembro de 2020, segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas.

A Challenger contabiliza cortes de empregos anunciados ou confirmados por empresas de telecomunicações, eletrônica, fabricação de hardware e desenvolvimento de software.

O segundo trimestre de 2020 ainda é o pior período de três meses para demissões desde o início da pandemia, mas no acumulado do ano, 2022 já está pior, de acordo com Roger Lee, do Layoffs.fyi.

Mais de 104.000 trabalhadores de startups perderam seus empregos até agora este ano, comparado a cerca de 81.000 postos perdidos em 2020.

As estimativas do Layoffs.fyi diferem das da Challenger porque incluem números de reportagens da mídia que as empresas podem não ter confirmado.

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