São Paulo - O HSPA+ é uma tecnologia de banda larga para redes móveis, uma espécie de último estágio antes da chamada quarta geração (4G), com velocidade teórica de até 21 Mbps no download.

Entretanto, nada impede que seja utilizada para acesso à Internet em desktops ou mesmo para telefonia fixa (como fazem algumas teles móveis na rede 3G, dentre as quais a TIM). E este é o principal objetivo da Algar Telecom com sua rede HSPA+, que entra em operação hoje em 19 cidades do interior de Minas Gerais.

São municípios onde a tele ainda não atuava e para os quais precisou comprar as sobras da chamada banda H. Em alguns deles, a Algar seria a quinta entrante em telefonia celular.

Em vez de brigar por um mercado tão competitivo, a operadora usará a tecnologia HSPA+ como acesso para serviços de banda larga fixa vendidos em pacotes triple play, que incluem também telefonia fixa (igualmente sobre a rede HSPA+) e TV por assinatura via satélite, revela o vice-presidente da companhia, Jean Borges.

A princípio serão oferecidos pacotes com velocidades de 500 kbps, 1 Mbps e 2 Mbps, acompanhados de 1 mil, 1,5 mil e 2 mil minutos em ligações locais, respectivamente, além de pacotes de TV em DTH, que incluem canais Globosat.

O plano mais barato, de 500 kbps, custa R$ 64,90. Não há cobrança de assinatura para telefonia fixa. O equipamento utilizado para a conexão à banda larga na rede HSPA+ será um home gateway fornecido pela Huawei e totalmente customizado e pré-programado para a rede da Algar.

Em breve haverá também uma versão da D-Link. "Estamos adotando home gateways capazes de atingir até 7 Mbps, o que deve aumentar a sensação de throughput dos usuários, embora o pacote máximo seja de 2 Mbps", afirma Borges. A rede HSPA+ sobre a banda H foi fornecida pela Ericsson.

Nas demais cidades onde a Algar já atua com 3G em telefonia móvel, o upgrade para HSPA+ deve acontecer somente entre 2012 e 2013 e apenas em localidades pontuais, com maior volume de tráfego. Neste caso, a fornecedora da rede é a Huawei.