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Ainda estamos no começo, diz diretora do Shazam

Rica Squires conversou sobre a criação do inovador aplicativo, sobre o mercado móvel e as novas possibilidades de negócios

Lançado em 2008 para iOS, app que adivinha músicas tem mais de 200 mi de usuários em todas as plataformas (Foto/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 10h43.

São Paulo – Uma ideia inovadora e bem executada. Essa foi a receita do app Shazam para atingir 200 milhões de usuários.

Por meio dele, donos de smartphones e tablets podem identificar uma música até então desconhecida. Para isso, gravam um trecho da canção e o envia para os servidores da empresa. Na sequência, o nome da faixa, do artista e até um link para o YouTube pipocam na tela do aparelho.

Disponível para todas as plataformas, o app é ofertado em versão freemium ou completa (5,99 dólares para iOS e 11,32 reais para Android).

Além dessas, uma outra versão chamada Red permite a americanos e britânicos obter informações sobre seus programas de TV preferidos. Ela inclusive será utilizada para repassar informações sobre atletas durante as Olimpíadas, por meio de uma parceria com a rede NBC.

Abaixo, conversamos com a diretora de relações publicas da empresa, Rica Squires, sobre a criação do app, futuro do mercado móvel e possibilidades de negócios:

- Como o Shazam funciona? É por comparação de ondas sonoras?

Rica Squires - Justamente. Temos um banco de dados com 16 milhões de faixas. Todo esse banco é alimentado pelo Shazam. Toda vez que um usuário envia um trecho de uma música, nosso algoritmo patenteado cria uma impressão digital da faixa, que permite encontrar suas informações correspondentes. Quando um usuário identifica uma faixa e gosta dela, ele pode comprá-la diretamente no iTunes, na Amazon ou na Google Play, por exemplo.


- Quantas vezes o Shazam já foi baixado?

Rica Squires - Nós temos mais de 200 milhões de pessoas que utilizam nosso serviço em mais de 200 países, nas principais plataformas como iOS, Android, BlackBerry, Symbian, Windows Phone e BlackBerry.

- Qual foi o custo para desenvolver o app? Quanto tempo foi necessário?

Rica Squires - O Shazam está em constante inovação, com a inclusão de novas funções [uma função recente permite exibir as letras das músicas]. Como dizemos, um bom app nunca está terminado. E isso exige um investimento constante.

Como somos uma empresa privada, não informamos os valores envolvidos. O que vale lembrar é que o Shazam já estava disponível para Symbian e plataformas Java antes de seu lançamento na App Store em julho de 2008. Isso amortizou o valor desse lançamento, que o tornou popular.

- Com esse número de usuários, vocês já receberam investimento de algum fundo?

Rica Squires - O aporte mais recente aconteceu no ano passado, quando recebemos 32 milhões de dólares de um novo grupo, que inclui os fundos Kleiner Perkins Caufield & Byers, Institutional Venture Partners e DN Capital.

- No momento, vocês estão trabalhando no desenvolvimento de algum outro app voltado para o mercado móvel?

Rica Squires - Como um dos dez apps mais baixados de todos os tempos na iTunes Store, nós continuamos focados no desenvolvimento do produto e no relacionamento com nossos clientes. Dessa forma, trabalhamos no desenvolvimento de novas funções.

Nos últimos 18 meses, trabalhamos no desenvolvimento de uma função que permite aos usuários identificar programas de TV, séries e publicidade nos Estados Unidos e no Reino Unido [disponível na versão Red do app].


Durante as Olimpíadas, vamos oferecer uma outra função, em parceria com a NBC, que irá permitir ao usuário obter informações das competições e dos atletas em tempo real enquanto assiste as competições. É nesse caminho que temos focado nosso desenvolvimento.

Nosso objetivo é se tornar peça indispensável na vida das pessoas, tornando mais fácil para elas se engajarem com o seu conteúdo de interesse.

- Quantas pessoas trabalham na empresa atualmente?

Rica Squires - Atualmente, cerca de 150 pessoas. Temos dois centros tecnológicos, um em Londres e o outro em Palo Alto, além de escritórios em Nova York, Chicago, Los Angeles e Seul.

–Como vocês enxergam as possibilidades criadas pelo advento dos smartphones e tablets? Esse é um mercado maduro ou pode crescer ainda mais?

Rica Squires - Sem duvida, esse mercado está em expansão. Com 200 milhões de usuários, nos achamos que ainda estamos em nosso período de infância, se considerarmos que o mercado de celulares deve atingir o número de 6 bilhões nos próximos anos, sendo a maioria deles smartphones.

Além disso, pesquisas apontam que nos próximos 12 meses o número de pessoas que utilizam dispositivos móveis irá ultrapassar o de pessoas que usam computadores.

- Quais as perspectivas para 2012? Quantas vezes vocês acreditam que o Shazam será baixado?

Rica Squires - Toda semana, mais de 1,5 milhões de pessoas ativam o Shazam em todas as plataformas. Esperamos que esse número cresça ainda mais até o fim do ano.

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São Paulo – Uma ideia inovadora e bem executada. Essa foi a receita do app Shazam para atingir 200 milhões de usuários.

Por meio dele, donos de smartphones e tablets podem identificar uma música até então desconhecida. Para isso, gravam um trecho da canção e o envia para os servidores da empresa. Na sequência, o nome da faixa, do artista e até um link para o YouTube pipocam na tela do aparelho.

Disponível para todas as plataformas, o app é ofertado em versão freemium ou completa (5,99 dólares para iOS e 11,32 reais para Android).

Além dessas, uma outra versão chamada Red permite a americanos e britânicos obter informações sobre seus programas de TV preferidos. Ela inclusive será utilizada para repassar informações sobre atletas durante as Olimpíadas, por meio de uma parceria com a rede NBC.

Abaixo, conversamos com a diretora de relações publicas da empresa, Rica Squires, sobre a criação do app, futuro do mercado móvel e possibilidades de negócios:

- Como o Shazam funciona? É por comparação de ondas sonoras?

Rica Squires - Justamente. Temos um banco de dados com 16 milhões de faixas. Todo esse banco é alimentado pelo Shazam. Toda vez que um usuário envia um trecho de uma música, nosso algoritmo patenteado cria uma impressão digital da faixa, que permite encontrar suas informações correspondentes. Quando um usuário identifica uma faixa e gosta dela, ele pode comprá-la diretamente no iTunes, na Amazon ou na Google Play, por exemplo.


- Quantas vezes o Shazam já foi baixado?

Rica Squires - Nós temos mais de 200 milhões de pessoas que utilizam nosso serviço em mais de 200 países, nas principais plataformas como iOS, Android, BlackBerry, Symbian, Windows Phone e BlackBerry.

- Qual foi o custo para desenvolver o app? Quanto tempo foi necessário?

Rica Squires - O Shazam está em constante inovação, com a inclusão de novas funções [uma função recente permite exibir as letras das músicas]. Como dizemos, um bom app nunca está terminado. E isso exige um investimento constante.

Como somos uma empresa privada, não informamos os valores envolvidos. O que vale lembrar é que o Shazam já estava disponível para Symbian e plataformas Java antes de seu lançamento na App Store em julho de 2008. Isso amortizou o valor desse lançamento, que o tornou popular.

- Com esse número de usuários, vocês já receberam investimento de algum fundo?

Rica Squires - O aporte mais recente aconteceu no ano passado, quando recebemos 32 milhões de dólares de um novo grupo, que inclui os fundos Kleiner Perkins Caufield & Byers, Institutional Venture Partners e DN Capital.

- No momento, vocês estão trabalhando no desenvolvimento de algum outro app voltado para o mercado móvel?

Rica Squires - Como um dos dez apps mais baixados de todos os tempos na iTunes Store, nós continuamos focados no desenvolvimento do produto e no relacionamento com nossos clientes. Dessa forma, trabalhamos no desenvolvimento de novas funções.

Nos últimos 18 meses, trabalhamos no desenvolvimento de uma função que permite aos usuários identificar programas de TV, séries e publicidade nos Estados Unidos e no Reino Unido [disponível na versão Red do app].


Durante as Olimpíadas, vamos oferecer uma outra função, em parceria com a NBC, que irá permitir ao usuário obter informações das competições e dos atletas em tempo real enquanto assiste as competições. É nesse caminho que temos focado nosso desenvolvimento.

Nosso objetivo é se tornar peça indispensável na vida das pessoas, tornando mais fácil para elas se engajarem com o seu conteúdo de interesse.

- Quantas pessoas trabalham na empresa atualmente?

Rica Squires - Atualmente, cerca de 150 pessoas. Temos dois centros tecnológicos, um em Londres e o outro em Palo Alto, além de escritórios em Nova York, Chicago, Los Angeles e Seul.

–Como vocês enxergam as possibilidades criadas pelo advento dos smartphones e tablets? Esse é um mercado maduro ou pode crescer ainda mais?

Rica Squires - Sem duvida, esse mercado está em expansão. Com 200 milhões de usuários, nos achamos que ainda estamos em nosso período de infância, se considerarmos que o mercado de celulares deve atingir o número de 6 bilhões nos próximos anos, sendo a maioria deles smartphones.

Além disso, pesquisas apontam que nos próximos 12 meses o número de pessoas que utilizam dispositivos móveis irá ultrapassar o de pessoas que usam computadores.

- Quais as perspectivas para 2012? Quantas vezes vocês acreditam que o Shazam será baixado?

Rica Squires - Toda semana, mais de 1,5 milhões de pessoas ativam o Shazam em todas as plataformas. Esperamos que esse número cresça ainda mais até o fim do ano.

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