"Acesso remoto ajuda a sustentabilidade"
Holger Felgner, diretor-geral do TeamViewer, falou um pouco dos programas que permitem comandar um PC a distância
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2012 às 10h51.
São Paulo – Os programas de acesso remoto – aqueles que permitem comandar um PC a distância – nunca foram tão populares como agora. Além de versões para PCs, eles agora estão disponíveis para tablets e smartphones.
Um dos mais populares do mercado é o TeamViewer, lançado em 2005. Holger Felgner, diretor-geral da empresa homônima que desenvolve o software , diz que este programa não serve apenas para as pessoas consertarem computadores remotamente – mas também para ajudar a natureza. “Quando se trabalha remotamente, se economiza combustível”, afirma.
Nessa entrevista, o executivo conta como se destacar nesse mercado com fortes concorrentes e, também, como será o futuro desse tipo de programa – já que muitas pessoas trocam o PC por tablets e smartphones.
- Como se destacar num mercado com vários concorrentes e, também, com sistemas operacionais com recursos similares ao do TeamViewer?
Holger Felgner - A gente tem um modelo “freeware” diferente. Nele, os usuários experimentam o software de forma imediata, sem a necessidade de registro, e podem usar funcionalidades avançadas que não estão presentes em outros programas, como a transferência de arquivos, por exemplo.
E se os usuários gostam do programa, eles recomendam a seus amigos ou mesmo à empresa onde trabalham. Além disso, nossa solução é feita para ser all-in-one. Com ele no PC, o usuário não precisa de outros programas para compartilhar a sua tela/monitor, participar de reuniões, transmitir vídeo e áudio, transferir arquivos, estabelecer conexões VPN, entre outras coisas.
- Hoje os usuários trocam PCs por tablets e smartphones. Esses sistemas são tão estratégicos quanto os sistemas tradicionais (Windows e Mac OS) para vocês?
Felgner - Os dispositivos móveis estão sendo cada vez mais utilizados não só no campo privado, para navegar na internet ou escrever e-mails, por exemplo, mas também no campo profissional, como mais uma ferramenta de trabalho. Os sistemas Windows e Mac certamente irão existir e permanecer como a primeira escolha para aplicações utilizadas nos escritório e, provavelmente, não serão completamente substituídos pelos dispositivos móveis. Como nosso foco é oferecer compatibilidade entre todos os sistemas, vamos continuar apostando nesse segmento e desenvolvendo novas soluções.
- Qual será o futuro do acesso remoto? Onde a tecnologia pode melhorar?
Felgner - Estamos entrando na era da sustentabilidade e por isso o aproveitamento inteligente dos recursos será o ponto de partida. E o acesso remoto pode ajudar. Com ele, é possível diminuir o deslocamento de funcionários, otimizar o compartilhamento de informações e de conhecimento, economizar recursos e aumentar a produtividade. Por isso, o uso do acesso remoto não está mais restrito ao setor de TI ou a empresas de suporte (help-desk).
A TeamViewer tem, hoje, clientes nas áreas da medicina, contabilidade, comércio, indústria etc. Essas empresas conseguem, portanto, trabalhar em equipe a distância e economizar no combustível, além de dar mais comodidades para os colaboradores. Com todos esses benefícios, o acesso remoto pode colaborar para que o número de funcionários “home-office” ou que trabalham remotamente cresça. E a gente vai buscar se desenvolver nessa área.
- Você oferece o software de maneira gratuita e só cobra quando alguém o usa demais: o modelo tem funcionado do jeito que vocês desejam?
Felgner - Existem diversos produtos e empresas que já trabalham com esse sistema de “Freeware”, que vem se mostrando popular e eficiente. Somos elogiados por isso por nossos clientes. Como é uma relação que todos ganham, podemos afirmar que, no nosso caso, o modelo funciona perfeitamente.
- Vocês estão satisfeitos com o desempenho do software no mercado brasileiro?
Felgner - Sim, muitas empresas brasileiras e usuários privados utilizam o TeamViewer. O Brasil é um país com dimensões continentais e o acesso remoto, neste caso, é essencial - basicamente, porque quando se possui filiais em diversos estados do país a tecnologia do acesso remoto facilita a comunicação matriz/filial.
Como sempre digo, a tecnologia ajuda a economizar tempo e recursos no deslocamento; e aproxima pessoas como se estivessem todas sentadas em uma sala.
- Qual a importância do Brasil para vocês?
Felgner - O Brasil é muito importante. Um país tão grande e com tanta diversidade é, por natureza, um interessante mercado para o TeamViewer. O crescimento da popularidade do TeamViewer nos últimos anos foi considerável.
Por isso, temos uma equipe dedicada de funcionários que fala português. Além disso, parte da nossa tecnologia – como servidores de conexão – está localizada no Brasil, o que deixa as conexões de acesso remoto mais rápidas ainda.
- O brasileiro tem alguma característica diferente dos demais países no uso do TeamViewer?
Felgner - A maior diferença no Brasil é que os dispositivos móveis são muito populares para acessar a internet, em contraste com a Europa, onde PCs e laptops são ainda os preferidos para esse acesso.
Os dispositivos móveis são muito importantes no Brasil e a demanda por soluções e aplicativos a partir de nossos clientes é elevada. Nós reconhecemos essa característica dos brasileiros e, portanto, tentamos oferecer apps para todos os principais dispositivos móveis do mercado, sejam eles iOS ou Android.
- Quais são os planos futuros para o Brasil?
Felgner - A economia do Brasil está crescendo rapidamente e as pessoas têm mais e mais acesso à tecnologia. O Brasil é, sem sombra de dúvidas, um mercado que olhamos com atenção. É por isso que a TeamViewer dá suporte a todos os clientes brasileiros em português e está trabalhando para amadurecer os processos de suporte e fazer melhorias no software.
São Paulo – Os programas de acesso remoto – aqueles que permitem comandar um PC a distância – nunca foram tão populares como agora. Além de versões para PCs, eles agora estão disponíveis para tablets e smartphones.
Um dos mais populares do mercado é o TeamViewer, lançado em 2005. Holger Felgner, diretor-geral da empresa homônima que desenvolve o software , diz que este programa não serve apenas para as pessoas consertarem computadores remotamente – mas também para ajudar a natureza. “Quando se trabalha remotamente, se economiza combustível”, afirma.
Nessa entrevista, o executivo conta como se destacar nesse mercado com fortes concorrentes e, também, como será o futuro desse tipo de programa – já que muitas pessoas trocam o PC por tablets e smartphones.
- Como se destacar num mercado com vários concorrentes e, também, com sistemas operacionais com recursos similares ao do TeamViewer?
Holger Felgner - A gente tem um modelo “freeware” diferente. Nele, os usuários experimentam o software de forma imediata, sem a necessidade de registro, e podem usar funcionalidades avançadas que não estão presentes em outros programas, como a transferência de arquivos, por exemplo.
E se os usuários gostam do programa, eles recomendam a seus amigos ou mesmo à empresa onde trabalham. Além disso, nossa solução é feita para ser all-in-one. Com ele no PC, o usuário não precisa de outros programas para compartilhar a sua tela/monitor, participar de reuniões, transmitir vídeo e áudio, transferir arquivos, estabelecer conexões VPN, entre outras coisas.
- Hoje os usuários trocam PCs por tablets e smartphones. Esses sistemas são tão estratégicos quanto os sistemas tradicionais (Windows e Mac OS) para vocês?
Felgner - Os dispositivos móveis estão sendo cada vez mais utilizados não só no campo privado, para navegar na internet ou escrever e-mails, por exemplo, mas também no campo profissional, como mais uma ferramenta de trabalho. Os sistemas Windows e Mac certamente irão existir e permanecer como a primeira escolha para aplicações utilizadas nos escritório e, provavelmente, não serão completamente substituídos pelos dispositivos móveis. Como nosso foco é oferecer compatibilidade entre todos os sistemas, vamos continuar apostando nesse segmento e desenvolvendo novas soluções.
- Qual será o futuro do acesso remoto? Onde a tecnologia pode melhorar?
Felgner - Estamos entrando na era da sustentabilidade e por isso o aproveitamento inteligente dos recursos será o ponto de partida. E o acesso remoto pode ajudar. Com ele, é possível diminuir o deslocamento de funcionários, otimizar o compartilhamento de informações e de conhecimento, economizar recursos e aumentar a produtividade. Por isso, o uso do acesso remoto não está mais restrito ao setor de TI ou a empresas de suporte (help-desk).
A TeamViewer tem, hoje, clientes nas áreas da medicina, contabilidade, comércio, indústria etc. Essas empresas conseguem, portanto, trabalhar em equipe a distância e economizar no combustível, além de dar mais comodidades para os colaboradores. Com todos esses benefícios, o acesso remoto pode colaborar para que o número de funcionários “home-office” ou que trabalham remotamente cresça. E a gente vai buscar se desenvolver nessa área.
- Você oferece o software de maneira gratuita e só cobra quando alguém o usa demais: o modelo tem funcionado do jeito que vocês desejam?
Felgner - Existem diversos produtos e empresas que já trabalham com esse sistema de “Freeware”, que vem se mostrando popular e eficiente. Somos elogiados por isso por nossos clientes. Como é uma relação que todos ganham, podemos afirmar que, no nosso caso, o modelo funciona perfeitamente.
- Vocês estão satisfeitos com o desempenho do software no mercado brasileiro?
Felgner - Sim, muitas empresas brasileiras e usuários privados utilizam o TeamViewer. O Brasil é um país com dimensões continentais e o acesso remoto, neste caso, é essencial - basicamente, porque quando se possui filiais em diversos estados do país a tecnologia do acesso remoto facilita a comunicação matriz/filial.
Como sempre digo, a tecnologia ajuda a economizar tempo e recursos no deslocamento; e aproxima pessoas como se estivessem todas sentadas em uma sala.
- Qual a importância do Brasil para vocês?
Felgner - O Brasil é muito importante. Um país tão grande e com tanta diversidade é, por natureza, um interessante mercado para o TeamViewer. O crescimento da popularidade do TeamViewer nos últimos anos foi considerável.
Por isso, temos uma equipe dedicada de funcionários que fala português. Além disso, parte da nossa tecnologia – como servidores de conexão – está localizada no Brasil, o que deixa as conexões de acesso remoto mais rápidas ainda.
- O brasileiro tem alguma característica diferente dos demais países no uso do TeamViewer?
Felgner - A maior diferença no Brasil é que os dispositivos móveis são muito populares para acessar a internet, em contraste com a Europa, onde PCs e laptops são ainda os preferidos para esse acesso.
Os dispositivos móveis são muito importantes no Brasil e a demanda por soluções e aplicativos a partir de nossos clientes é elevada. Nós reconhecemos essa característica dos brasileiros e, portanto, tentamos oferecer apps para todos os principais dispositivos móveis do mercado, sejam eles iOS ou Android.
- Quais são os planos futuros para o Brasil?
Felgner - A economia do Brasil está crescendo rapidamente e as pessoas têm mais e mais acesso à tecnologia. O Brasil é, sem sombra de dúvidas, um mercado que olhamos com atenção. É por isso que a TeamViewer dá suporte a todos os clientes brasileiros em português e está trabalhando para amadurecer os processos de suporte e fazer melhorias no software.